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Há mais de nove mil anos as almofadas eram de pedra

Fotos: Wellcome Collection Gallery (2018-03-29)

Almofada egípcia feita de madeira. Nesta época, tinha um significado religioso

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As almofadas têm vários usos, mas são sinónimo de descanso. Porém, nem sempre foi assim. Há mais de nove mil anos eram de pedra.

As mais antigas almofadas remontam a 7000 a.C., na antiga Mesopotâmia. Eram de pedra, pouco confortáveis, mas o propósito da inovação era elevar a cabeça para evitar que os insetos entrassem nos ouvidos e boca. Era um luxo só para os mais ricos. Mais tarde, os egípcios usaram marfim, mármore, cerâmica, madeira e pedra para fazerem almofadas. Está visto que o conforto também não era o objetivo. Para esta civilização, as almofadas tinham um significado religioso e eram colocadas sob a cabeça dos mortos para afastar os maus espíritos.

Na antiga civilização chinesa acreditava-se que a almofada dura trazia saúde e inteligência. Embora tivessem capacidade para fazer almofadas macias, os chineses entendiam que o luxo roubava a energia do corpo e optaram por porcelana, bambu, bronze ou jade. Foram os gregos e os romanos que começaram a usar palha ou penas no enchimento. Porém, mantiveram a ideia de que uma almofada macia podia ser sinal de fraqueza e só as mulheres grávidas podiam usá-las.

A Revolução Industrial veio mudar tudo e a almofada, produzida em grandes quantidades, tornou-se mais acessível. Como produto essencial associado ao descanso, mas também como peça decorativa. Com o avanço da tecnologia, são produzidas com materiais cada vez mais evoluídos em benefício da postura e da cervical. Até espuma (visco elástica) desenvolvida por cientistas para a NASA nos anos 1960 passou a ser usada. O conforto ganhou aos preconceitos. Já ninguém ousa repousar a cabeça sobre pedras!