Não há fogueira sem lume,
Profecias sem profetas.
Não há amor sem ciúme
Nem S. João sem poetas.
Na roda te andei buscando,
Por te encontrar me perdi.
Agora perdida ando
Se vou na roda sem ti.
O eco duma cantiga
Na noite de S. João
Pode ser aquela espiga
Que dá flor, farinha e pão.
Dos beijos que tu me deste
Só a lembrança ficou
Como o musgo que reveste
Fonte onde a água secou.
A tua carta de amor
Traz “amore” com “e” no fim…
Quem sabe se um grande amor
Começa num erro assim!
Vencedores do 53.º Concurso das Quadras de São João – JN 1981