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Ciência revela o segredo do desejo sexual

SIMETRIA. É tão atraente a do rosto como a do corpo do outro. Não se sabendo ainda muito bem como todos os fatores se conjugam entre si, diz-nos a ciência que as mulheres se sentem inconscientemente mais atraídas pelos cheiros de homens com maior simetria facial e corporal, os quais associam a saúde e a uma genética forte.
CARÁTER. Mais uma vez, os cientistas desconhecem quais os químicos responsáveis por conseguirmos apurar – cheirando uma t-shirt do outro ou vendo simplesmente a forma como se movimenta num vídeo – alguns dos seus traços de personalidade dominantes.
SAÚDE. À semelhança dos outros animais, está cientificamente provado que também nós temos a capacidade de cheirar sinais que indiquem a existência de infeções noutros seres humanos – e a afastarmo-nos deles se for o caso. Cheiro a saúde, pelo contrário, é meio caminho andado para querermos algo mais do parceiro.
DEFESAS. Parece mentira, mas não é: a partir do suor e da saliva do outro, somos de algum modo capazes de analisar a composição química (através do cheiro e do paladar) para descobrir se o sistema imunitário da pessoa escolhida é resistente à invasão de microrganismos.
DIVERSIDADE GENÉTICA. Também com os recetores da boca conseguimos perceber se o outro é suficientemente diferente de nós – ao nível genético –, de maneira a garantir filhos robustos e saudáveis no futuro. Se já alguma vez se interrogou sobre o porquê de beijarmos na boca, aí tem a resposta.
TRAÇOS COMUNS. Por último, mas não menos importante, Eric Haseltine cita uma pesquisa da Universidade de Cambridge: não sabendo exatamente como explicar este mecanismo, a mesma garante, porém, que somos atraídos por pessoas que partilhem dos mesmos traços de personalidade que nós, seja nas relações de amizade ou nas amorosas.

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Texto NM | Fotografias da Shutterstock

São tantos os porquês, quando se fala em desejo sexual, que daria um tratado tentar responder a todos eles. Porque queremos tanto ter sexo com algumas pessoas e nenhum contacto físico com outras? Onde começa, de facto, a atração sexual? E em relação a nós próprios: porque somos tão apetecíveis aos olhos de uns e tão pouco aos olhos de outros?

Talvez porque no amor haja mesmo razões que a razão desconhece, a avaliar pelas conclusões de uma pesquisa do neurocientista e futurista norte-americano Eric Haseltine, publicada na revista Psychology Today. Por isso, e porque todos temos um lado primitivo bastante forte, mais vale perceber como funciona este mecanismo para não comprometer a qualidade (e a durabilidade) das relações amorosas.

Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha inconsciente.

«Os franceses usam a expressão je ne sais quoi (literalmente “um não sei quê”) para descrever aquele toque de mistério que faz com que uma pessoa em particular seja sexualmente atrativa», explica o especialista.

Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha inconsciente, mesmo tratando-se de uma questão vital para a sobrevivência da espécie. Mas uma coisa é certa: o cheiro é determinante nessa escolha (explicamos porquê na nossa fotogaleria).

Não convém andarmos por aí a cheirar os outros, mas podemos sempre ficar atentos aos sinais.

E não, o neurocientista não sugere que nos ponhamos a cheirar as axilas (ou qualquer outra parte odorífera do corpo, já agora) de uma pessoa que acabámos de conhecer: provavelmente, só isso já cortaria o desejo sexual do mais afoito.

O que não significa que não devamos ficar atentos ao que nos diz a intuição, alerta Haseltine. Se por acaso o cheiro dessa nova conquista evocar o de um ex com quem a relação anterior descambou, o mais certo é tratar-se de um aviso de que estamos a sentir-nos atraídos pela pessoa errada.