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O grande potencial dos queijos vegetais

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As alternativas disponíveis no mercado prometem sabor e conteúdo nutricional, mas deixam muito a desejar. Os consumidores pedem mais oferta. Está aberta a porta da oportunidade de negócio.

A população com uma alimentação veggie, ou seja, que se rege pelo veganismo, vegetarianismo ou flexitarianismo, teve um crescimento de 33% em apenas dois anos. Os dados são da Associação Vegetariana Portuguesa (AVP) e, neste caso, servem de base para justificar a importância crescente de existirem opções vegetais ao queijo. Um produto procurado, mas ainda sem uma seleção satisfatória para os consumidores.

Os queijos vegetais procuram imitar o aspeto, textura, sabor e conteúdo nutricional dos queijos de origem láctea. Apesar de o mercado ter vindo a crescer e apresentar novas propostas, Joana Oliveira realça os resultados pouco animadores de um inquérito realizado pela AVP, em parceria com a organização alemã Albert Schweitzer Foundation, no âmbito do projeto RankingVeg. “As alternativas aos queijos estão entre as categorias que menos satisfazem em termos de qualidade, quantidade e diversidade”, relata a gestora e coordenadora de campanhas da AVP.

Além dos consumidores pedirem mais opções também têm reparos a fazer. De acordo com o inquérito já mencionado, “espera-se mais do sabor e da textura ou da consistência dos produtos”. As respostas levam Joana Oliveira a considerar que esta é uma área com elevado potencial de crescimento, principalmente nas grandes superfícies, o que justifica uma maior aposta nos próximos anos.

Atualmente, a maioria dos queijos vegetais no mercado apresentam na sua confeção algum tipo de óleo vegetal e de amido, o que para a porta-voz da AVP não favorece o sabor e a composição final do alimento. “Embora haja outros tipos de queijo vegetal, estes nem sempre se encontram disponíveis e os preços ainda tendem a ser elevados.” Talvez esta provocação surta efeito.