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Quer ter mais autoconfiança? A ciência diz-lhe como

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Texto NM | Fotos da Shutterstock

Então o mais certo é mesmo acabar por falhar e achar que mereceu o resultado aquém, o que não corresponde à verdade, explica a psicóloga clínica Cláudia Almeida, da Oficina de Psicologia. «Ter falta de autoconfiança é incapacitante e limita-nos nas oportunidades que vão surgindo ao longo da vida – nos encontros amorosos, na carreira, na infinidade de outras situações em que mais precisamos dela -, pondo em risco as nossas possibilidades de ter sucesso.»

Pelo contrário, faremos tudo ao nosso alcance para concretizar um determinado objetivo a partir do momento em que acreditamos ter hipótese de sermos bem-sucedidos. «A autoconfiança estabelece uma intenção face a algo e a probabilidade de ser capaz de conseguir encontrar uma forma de ter êxito», sublinha a psicóloga.

Tradução: ter autoconfiança é tudo para lidar com pessoas e tarefas difíceis sem se deixar esmagar por elas. E não, não é uma questão de vaidade, mas um fator essencial para triunfar na vida. Mais importante ainda: ajuda a ser feliz.

COMO GANHAR CONFIANÇA (MESMO NÃO ESTANDO NOS SEUS MELHORES DIAS)

 

ESTIQUE-SE O MAIS QUE PUDER

Não é só antes de se fazer um exercício físico intenso que devemos alongar o corpo para prepará-lo para o embate: a fórmula vale para todos os momentos em que nos sentimos em baixo e precisamos de acionar o gatilho da confiança. Espreguice-se, levante os braços, ponha-se em bicos dos pés como se quisesse – e pudesse – tocar o céu. Além de reduzir tensões musculares e emocionais, alongar torna os movimentos mais soltos, ativa a circulação e deixa-nos mais relaxados.

CORRIJA A POSTURA

Caminhe direito, de cabeça erguida e ombros para fora, sem se curvar diante de nada. Ainda que sinta a confiança abalada por alguma razão, diz-nos a psicologia que assumir fisicamente a postura da pessoa que queremos ser – positiva, decidida, segura – é meio caminho para começarmos a sentir-nos expansivos e a agir como tal. De fora para dentro.

IMITE UMA ESTRELA

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal Public Relationships, dar conta das qualidades que admiramos numa celebridade do mesmo sexo ajuda-nos a identificar as nossas e a querer ser uma versão melhor de nós mesmos. Sorrir francamente, a olhar os interlocutores nos olhos, também faz com que pareça mais confiante e amigável aos olhos dos outros.

MIME-SE PELA MANHÃ

Guarde uns minutos de manhã para se mimar, fazendo algo de que gosta verdadeiramente: pode ser tomar o pequeno-almoço com calma, ler na cama, fazer um pouco de exercício ou um penteado mais elaborado. Quanto mais coisas positivas fizer por si ao longo do dia, mais passará a interiorizar o facto de que é uma pessoa importante, merecedora de cada gesto atencioso. Já o ditado dizia que é de manhã que se começa o dia. E dez minutos bastam, pelo que não vale começar já a alegar falta de tempo para não cuidar de si.

CAPRICHE NO LOOK

O que vestimos afeta o modo como nos comportamos. Quem nunca se sentiu mal numa roupa de que não gosta assim tanto? Quem não se sentiu poderoso numa peça impecável que lhe cai que nem uma luva? Um estudo da psicóloga social Emily Balcetis, publicado no jornal Psychological Science, concluiu que vestindo com gosto, qualquer que seja a nossa escolha, a confiança aparece naturalmente.

APELE ÀS SUAS MEMÓRIAS DE FORÇA

Pode ter sido aquele discurso inspirador com que pôs a turma a chorar no final do curso. A tese que finalmente defendeu e reuniu o consenso dos professores. Ou o bolo de chocolate que levou para o trabalho e lhe valeu rasgados elogios. Segundo um estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology, recordar um momento em que o nosso valor foi reconhecido faz-nos, de facto, sentir mais confiantes – e agir como tal. Os erros do passado não contam. Os sucessos sim.

CONHECIMENTO É PODER

Também neste tópico a ciência garante que aprender uma nova língua e desenvolver (ou aperfeiçoar) outras atividades cognitivas faz disparar tanto os índices de satisfação com a vida como um aumento significativo no salário. Na dúvida, pode sempre ir à arrecadação buscar os pincéis e tintas que lá tem a apanhar pó. Ou inscrever-se finalmente no curso de italiano que tem andado a adiar…

O BAIXO QUE NOS ELEVA

Um estudo da Northwestern University, EUA, descobriu que ouvir músicas com um baixo poderoso – o qual associamos a vozes graves e autoritárias – funciona como uma injeção de confiança quando mais precisamos dela. «As pessoas ouvem este componente musical que expressa força e reproduzem o sentimento internamente», adianta a pesquisa divulgada no jornal Social Psychological and Personality Science. Os efeitos fazem ainda sentir-se ao nível do raciocínio abstrato e da eficiência.