Publicidade Continue a leitura a seguir

Qual é a origem destas 10 superstições?

Abrir um chapéu de chuva dentro de casa dá azar O cientista americano Charles Panati publicou no livro Extraordinary Origins of Everyday Things que os guarda-chuvas em Londres no século XVII eram de metal e demasiado rígidos, o que se tornava num verdadeiro perigo quando abertos dentro de uma casa. Parece que a falta de espaço originou uma superstição intemporal.
13: o mais temido dos números A mitologia nórdica é a culpada pela origem do medo do número 13. Foi em Valhalla, a sala de banquetes do reino de Asgard, que 12 deuses foram convidados para jantar. Segundo a lenda, Loki, deus do mal e da discórdia, invadiu o salão, aumentando assim para 13 os participantes do repasto. Na tentativo de o expulsar, Balder, o deus favorito entre eles, foi morto. Os escandinavos continuam a evitar jantares com 13 membros. Esta superstição disseminou-se pela Europa e ganhou força na Última Ceia, em que Judas, o discípulo que traiu Jesus, foi o décimo terceiro convidado da mais mítica das refeições.
Merda, merda, merda «Muita merda» é uma expressão muito utilizada pelos atores antes de um espetáculo para dar sorte e quase sempre escrita nos espelhos dos camarins dos teatros. A sua origem remonta ao século XIX. Em França, nesta época, os meios de transporte eram carroças e charretes movidas pela força de cavalos ou burros. Quando os seus proprietários iam ver uma peça de teatro, estes animais ficavam estacionados à porta dos teatros. No final, a quantidade de excrementos era notória. Foi assim que os dejetos se converteram numa mensagem de boa sorte.
O gato preto Há até quem feche os olhos quando avista um. Na Idade Média, foram associados às bruxas pelos seus hábitos noturnos. No século XV, o papa Inocêncio VIII incluiu os gatos pretos na lista de seres hereges que deveriam ser perseguidos pela Inquisição. Para reforçar a lenda, em 1561, o autor inglês William Baldwim escreveu uma peça satírica chamada Beware the Cat, em que os gatos eram bruxas disfarçadas, com nove vidas. No entanto, estes felinos não são seres sobrenaturais mas uns verdadeiros heróis que sobreviveram a séculos de perseguição.
O trevo da sorte Até deu lugar a jogos de raspadinhas com prémios monetários. E como o nome indica, é comum ser uma planta de TRÊS folhas. Porém, é possível encontrar o trevo da sorte ou trevo-de-quatro-folhas, que para os celtas é uma forma de afastar os maus feitiços e de ter sorte. Até hoje, é uma das imagens de marca da Irlanda. Na Idade Média, o trevo era costurado nas roupas dos viajantes para protegê-los dos perigos. E há quem diga que os quatro eixos representam o equilíbrio.
Passar debaixo de uma escada é de evitar Das mais antigas das superstições. Os egípcios consideravam a forma triangular sagrada (percebemos isso pelas pirâmides), e passar debaixo desta geometria seria uma forma de profanar os deuses. Para além disto, o autor americano Panati explica porque é que este medo contagiou o mundo católico: «Como uma escada descansou contra o crucifixo, tornou-se um símbolo de maldade, morte e traição. Andar sob uma escada trazia desgraça».
Bater três vezes na madeira Um dos maiores clássicos, quando alguém deseja mal a outra pessoa, é, de imediato, bater três vezes na madeira. Existem várias teorias de como começou esta superstição. Os gregos acreditavam que Gaia, a deusa mãe da Terra, estava ligada a todas as plantas e árvores. Em forma de socorro, e para alcançar o topo do Monte Olimpo, batiam três vezes nos troncos de forma a ecoar até à morada dos deuses. Já os nórdicos batiam na madeira de forma a assustar os duendes e demónios que habitam nas árvores. O cristianismo adotou o rito de forma a afastar o mal, em tributo à longa jornada de Jesus, que carregou a cruz até à morte, ressurreição e ascensão.
O poder das estrelas cadentes Ptolomeu foi um cientista grego que viveu em Alexandria e desenvolveu a teoria de que as estrelas cadentes eram resultado de deuses a observar a Terra. Daí que se acredite que, se pedirmos um desejo nesse momento exato, teremos maior probabilidade de o ver atendido. No Chile, por exemplo, é preciso segurar uma pedra enquanto se deseja. Já nas Filipinas, é necessário dar um nó num lenço para ser correspondido.
Sete anos de azar para quem partir um espelho Partir um espelho é igual a sete anos de azar. Este mito remonta à Grécia Antiga, e o historiador Milton Goldsmith explicou no seu livro, Signs, Omens and Supersticions, que esta sociedade tinha o hábito de consultar «videntes de espelho». Com o nome estranho de catoptromancia, consistia em que alguém doente olhasse para água com um espelho lá dentro. Se o reflexo fosse distorcido era sinal de que a pessoa iria morrer. Depois de Cristo, os romanos acrescentaram o resto. Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos e, por essa razão, um reflexo distorcido ou um espelho quebrado já não significava morte, mas sete anos de infortúnio.
Os rituais de passagem do ano A passagem do ano está a aproximar-se e é lugar para muitas superstições. Entre comer 12 passas à meia-noite, ter dinheiro na mão ou vestir cuecas novas e azuis, o dia 31 de Dezembro é data para algumas excentricidades. Ora, as 12 passas significam bonança para cada mês do ano, o dinheiro na mão serve para pedir um ano de riqueza, e as cuecas novas e azuis simbolizam o adeus ao que estava pendente, e claro, um ano de sorte. Michel Pastoreau, especialista do estudo das cores, afirma que o azul é a cor favorita da maioria dos ocidentais e que está associada à sorte e harmonia.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Existem pessoas com fobia do número 13. Algumas recusam-se a passar debaixo de uma escada. Outras, quando avistam um gato preto, fecham de imediato os olhos. E há ainda o «muita merda», que nem toda a gente sabe de onde vem. Percorra a galeria de imagens e descubra a origem de algumas superstições.