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Lagarta-do-pinheiro: estado de alarme para o seu cão

O tratamento envolve corticoides de ação rápida, anti-histamínicos e antibiótico

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Contacto com o pelo da lagarta-do-pinheiro pode causar graves sequelas nos cães e até a morte. O socorro deve ser feito o mais rápido possível.

As lagartas-do-pinheiro são uma das pragas mais comuns em Portugal. Surgem nos pinheiros e nos cedros, e o contacto direto com estes insetos ou com ninhos abandonados provoca uma reação alérgica nos cães, da qual poderá resultar a morte nos casos extremos.

O período crítico situa-se entre janeiro e junho, altura em que descem das árvores e se deslocam em fila (por isso são também conhecidas como processionárias) para se enterrarem no solo.

O perigo advém dos pelos urticantes. “Quando elas se sentem ameaçadas, largam o pelo”, explica a médica veterinária Inês Siborro. Com o vento, os pelos podem voar até 200 metros de distância.

A reação ao contacto com estes insetos é imediata. “O cão fica muito agitado e começa a mexer na boca com as patas. Pode tentar cuspir as lagartas que engoliu ou ocorrer vómito”, diz Inês Siborro, que alerta para a necessidade de intervir imediatamente, uma vez que se trata de uma situação de emergência médica.

As sequelas podem ser bastante graves: em caso de edema na faringe, pode morrer por asfixia; se for na língua, pode ocorrer a morte dos tecidos, com perda parcial ou total deste órgão. “Nestes casos, pode tornar-se muito difícil para o cão beber sozinho. Há cães que se adaptam à nova condição, mas outros vão necessitar que o dono lhes dê água com uma seringa.”

Nas patas, podem surgir urticária ou úlceras, e nos olhos, comichão e úlceras. O tratamento envolve corticoides de ação rápida, anti-histamínicos e antibiótico.

Ataque à lagarta