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Oito sinais de que a terapia está mesmo a funcionar

Fotos: Shutterstock

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Semana após semana, entra no gabinete do seu psicólogo e descarrega as frustrações, sonhos, medos, desilusões, traumas, chora, fica zangado, em euforia ou apenas mais aliviado. Será que este processo significa que está a fazer progressos? Segundo os especialistas, há sinais que podem dizem-lhe que está no caminho certo. Se passa por alguma das situações desta lista, é seguro dizer que a terapia está a ter resultados positivos.

Anseia pelas consultas semanais

Nas consultas de terapia, é frequente dizermos aquilo que não conseguimos revelar a mais ninguém. Medos, traumas, inseguranças ou dúvidas que pensamos que ninguém vai perceber. Revelar esse lado pessoal pode ser assustador e, muitas vezes, é motivo para ficarmos nervosos antes da marcação. Com o passar do tempo, aquela hora torna-se um porto seguro e um escape do dia-a-dia. Essa mudança de pensamento é sinal de que a terapia está a fazer efeito e a relação com o psicólogo evoluiu para um nível de confiança.

Liberta-se dos pensamentos negativos

Quem não gostaria de «desligar» por um tempo o cérebro e conseguir controlar aqueles pensamentos negativos que nos assolam e que não conseguimos controlar? Nas sessões de terapia, trabalha-se esse lado pessimista da nossa personalidade e criam-se mecanismos de defesa para não nos deixarmos levar pela tendência de pensar demasiado. «Os meus clientes dizem-me constantemente que só notam melhorias a partir do momento em que não estão tão dependentes dos seus pensamentos», explica Christy Doering, terapeuta familiar em Plano, Texas, ao HuffPost.

Diverte-se mais

A perda de interesse nas atividades diárias como ver um filme, estar com amigos, praticar desporto ou cozinhar é um dos sinais de que pode estar a entrar numa espiral depressiva que precisa de contrariar. A terapia tem um papel fundamental nesse processo de regresso a si. Quando começa a tirar prazer novamente desses momentos é sinal de que as consultas estão a surtir efeito. Mas, atenção, nunca é demais lembrar que não é um resultado imediato.

Está mais focado no presente

Quantos de nós não vivem em permanente ansiedade por situações que ainda estão por acontecer ou pelo passado que já não podemos alterar. O que isso traz? Uma perda de noção da importância de viver o presente. Quantas horas passa a reclamar do trabalho, família, amigos, namorado, quando, na verdade, poderia estar a fazer algo que lhe traria satisfação pessoal. Para encontrar esse mecanismo, ou seja, para mudar o «chip» pode precisar de ajuda de um profissional que o relembre de que a vida é curta demais para não ser aproveitada.

É mais seletivo nas companhias

Quantas pessoas à sua volta realmente contribuem para o seu bem-estar? (Não estamos a falar de pessoas com quem tem de se relacionar por imposições profissionais ou pessoais, mas sim daquelas que contam mesmo). Por vezes, traumas antigos ou feridas por sarar são determinantes para que nos deixemos levar por relações tóxicas. «Quando os pacientes trabalham essas feridas e começam a sará-las, é natural que comecem a discernir melhor quem querem por perto. Muitas vezes, acabam por se relacionar com pessoas com personalidades opostas das que mantinham até então», explica a psicóloga Sheri Heller.

Cuidar de si tornou-se uma prioridade

Descuidar da aparência, não fazer exercício e não ligar à alimentação são alertas de que algo pode não estar bem. Quando o trabalho com o psicólogo começa a surtir efeito, começamos a olhar de outra forma para a pessoa no espelho, a autoestima ganha novo fôlego e as pequenas indulgências como uma massagem, uma roupa nova, produtos para cuidar da pele ou um novo corte de cabelo tornam-se a regra e não a exceção.

Começa a analisar o passado

Pode parecer contraproducente mas não é. Muitas das nossas reações no presente são resultado de traumas e questões mal resolvidas que ficaram recalcadas. O trabalho de um psicólogo é saber distinguir esses dois caminhos e optar por «ir ao fundo da questão» em vez de ficar preso a quezílias da rotina. «Vamos voltar lá atrás», é uma expressão usada frequentemente que vai ajudá-lo a identificar os reais problemas e encará-los de frente. Não é fácil mas pode ser libertador e vai começar a olhar para as suas próprias reações de forma muito mais compreensiva.

Assume responsabilidade pelos seus erros

Culpar os outros é a forma mais fácil – e imatura, também – de lidar com as situações. Achar que a responsabilidade do que quer que seja que o está a deixar mal é de outra pessoa desvia-o da questão. Podemos ser afetados por terceiros, mas a forma como lidamos com cada situação é um «problema nosso». Com o avanço da terapia, vai tomando esta consciência e sabe que mais? Vai tornar-se mais empático também com os outros, pois percebe que cada um tem os seus próprios problemas para resolver. A terapia é uma jornada muito pessoal e que, quando levada a sério, pode ter um impacto mesmo positivo na sua vida.