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Frio: como proteger bebés e idosos

Nas alturas de mais frio, com quem nos devemos preocupar? Percorra a galeria de imagens.
1. Sem-abrigo e outras pessoas em situação de exclusão social ou isolamento.
2. Pessoas com doenças crónicas, em especial doenças cardiovasculares e respiratórias.
3. Pessoas com problemas de saúde mental, demência ou dependência de substâncias.
4. Quem toma medicamento psicotrópicos e/ou anti-inflamatórios, que podem alterar as capacidades de termoregulação.
5. Pessoas com deficiência, acamadas ou com mobilidade reduzida, problemas cognitivos e todos os dependentes de terceiros para as actividades da vida diária.

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Texto Sofia Teixeira| Fotografia Shutterstock

A vaga de frio que está a atingir os Estados Unidos já fez dezenas de mortos. Na Europa, Portugal incluído, no final do ano passado e início deste, os termómetros já desceram várias vezes abaixo dos zero graus por causa do fenómeno meteorológico: massas de ar frio e seco que originam reduções significativas das temperaturas, com valores mínimos que descem abaixo dos 0ºC.

Para a saúde dos adultos saudáveis isto não é um problema: inverno ou verão, habitualmente mantemos a temperatura corporal sempre dentro dos mesmos valores. Isso acontece porque somos homeotérmicos: o corpo humano tem uma incrível capacidade manter a temperatura corporal dentro de um intervalo pouco variável de valores, apesar das variações térmicas do ambiente.

Estão envolvidos neste equilíbrio o nosso cérebro – sobretudo o hipotálamo que «lê» a temperatura e aciona mecanismos de resposta – e todo o resto do corpo, que em resposta aos comandos cerebrais tem mecanismos de compensação. No caso das temperaturas frias, os vasos sanguíneos contraem, os pelos ficam em pé, temos calafrios e são produzidas hormonas que estimulam o metabolismo.

São dois os grandes riscos da exposição ao frio: a hipotermia – diminuição da temperatura corporal para valores inferiores a 35ºC – e o enregelamento, que pode ir de uma ligeira sensação de torpor nas partes do corpo afetadas a danos permanentes nos tecidos.

O perigo que o frio extremo apresenta para recém-nascidos, alguns idosos e outros grupos de risco está relacionado com a dificuldade que o corpo tem em auto-regular-se: nos bebés a imaturidade e nos idosos e doentes crónicos a debilidade fazem com que o organismo tenha dificuldade equilibrar a temperatura.

A isto acrescem outros problemas contextuais: nos bebés a ausência de linguagem é uma barreira à compreensão das queixas pelos cuidadores, nos idosos o frequente isolamento e más condições térmicas de algumas habitações podem ampliar o problema.

São dois os grandes riscos da exposição ao frio: a hipotermia – diminuição da temperatura corporal para valores inferiores a 35ºC – e o enregelamento, que pode ir de uma ligeira sensação de torpor nas partes do corpo afetadas a danos permanentes nos tecidos.
Embora não provoque gripes e constipações, o frio tem uma relação com elas: não só porque os vírus que afetam o sistema respiratório estão mais ativos nesta altura do ano, como porque as baixas temperaturas e o ar mais seco debilitam as mucosas do sistema respiratório, o que compromete a resposta imunitária.

Mais uma vez, são os idosos, doentes crónicos e bebés que podem ser mais afetados pelas consequências da gripe, sobretudo com problemas respiratórios que enchem as urgências hospitalares nesta altura do ano.

Aos bebés pequenos, idosos dependentes e pessoas com incapacidade, aplicam-se todos os conselhos gerais, mas é necessário que sejam os cuidadores a pô-los em prática e acrescentar-lhe outros cuidados:

Medidas de autoprotecção durante uma vaga de frio