Texto de Ana Sofia Reis
A semana começou com uma tragédia na Galiza, mas, infelizmente, não faltam exemplos de acidentes em concertos. A Notícias Magazine recorda alguns deles…
Marisquiño (Espanha)
No domingo, 12 de agosto de 2018, a queda de uma plataforma de madeira durante o festival de música “O Marisquiño”, em Vigo, Espanha, resultou em 316 feridos. Muitas das vítimas caíram ao mar e viveram momentos de pânico perante as dificuldades em sair da água. Abel Caballero, autarca da cidade, garantiu que as causas do acidente vão ser investigadas. O responsável pela Autoridade Portuária de Vigo revelou que “uma falha estrutural na plataforma”, construída há cerca de 20 anos, poderá estar na origem do acidente.
Andanças (Portugal)
Em agosto de 2016, o Andanças, festival realizado em Castelo de Vide, teve um desfecho inesperado. O fogo invadiu um dos parques de estacionamento do evento. Em pouco tempo, 458 viaturas foram atingidas. Na sequência de uma investigação, o Ministério Público revelou que o fogo começou na proximidade das viaturas, mas excluiu que o incêndio se tem iniciado no interior de um dos carros. A investigação admitiu ainda que a tragédia tenha tido origem em ação humana, mas não intencional.
Altamont (EUA)
No inverno de 1969, na Califórnia, num espectáculo com entrada gratuita, o concerto dos Rolling Stones terminou de forma trágica. O medo assombrou a noite de cerca de 300 mil espectadores. Quatro pessoas morreram: uma afogada num canal, duas foram atropeladas e a última foi esfaqueada por um segurança. A tragédia de Altamont foi, assim, considerada o fim do movimento hippie.
Woodstock (EUA)
Em 1999, três décadas depois da primeira edição do lendário festival de Woodstock, que pretendia recuperar o ambiente e o espírito vividos, a iniciativa não correu como estava previsto. Num evento que contava com mais de 400 mil pessoas, a falta de organização foi crucial. As condições de higiene e o elevado custo da alimentação geraram inúmeros conflitos e alguns episódios de violência, levando as autoridades a intervir. Foram ainda registadas oito denúncias de abuso sexual.
Roskilde (Dinamarca)
O dia 30 de junho de 2000 ficou marcado como a data mais sombria na história dos Pearl Jam. A banda norte-americana era cabeça de cartaz do festival Roskilde, na Dinamarca, um dos festivais mais seguros da Europa. No entanto, nessa edição, nove espectadores morreram por esmagamento enquanto decorria o concerto. A falta de espaço e a agitação da plateia foram as causas da tragédia. Eddie Vedder, vocalista dos Pearl Jam, escreveu a música “Love Boat Captain”, numa homenagem às vítimas.
Love Parade (Alemanha)
No verão de 2010, em Duisburg, Alemanha, decorria um dos principais festivais de tecno da Europa, o Love Parade. O acesso era feito através de um único e estreito túnel. Dada a dimensão da passagem subterrânea e a quantidade de espectadores que queriam entrar no recinto, 21 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas por esmagamento ou asfixia. As vítimas mortais tinham sete nacionalidades diferentes. Falhas graves no planeamento e na segurança foram os motivos que levaram ao desastre. O festival foi cancelado nesse ano e não voltou a realizar-se.