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O meu objeto: o fascínio de Júlio Machado Vaz pelos livros de Eugénio de Andrade

Fotos: Rui Oliveira/Global Imagens

Médico e professor universitário, vive de partilhar conhecimento, tendo já escrito quase 20 livros. Hoje celebra o seu 73.º aniversário

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O objeto escolhido pelo psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz.

“Não há segredo mais público do que o meu fascínio pela poesia de Eugénio de Andrade. Há muitos anos, comecei a partilhá-la com os alunos no ICBAS. O ‘Poema à Mãe’, por exemplo, permite falar do processo de crescimento e autonomização com uma ternura implacável que nenhum livro de texto abriga. O Eugénio – como o sorriso, que outro dos seus poemas celebra – abriu a porta a uma torrente de nomes que hoje vivem ao cuidado bem mais próximo e competente do João Luís Barreto Guimarães, em boa hora convidado pelo Instituto para entrelaçar Medicina e Poesia. Mas a do Eugénio também espoletou um dos acontecimentos mais felizes da minha vida – o encontro com o Júlio Resende e a gravação da Poesia Homónima, em que a Música emoldura a Palavra. E de regresso à estrada, após um interregno de dois anos, ressuscita a nostalgia de lobrigar o Eugénio na assistência e dizer – ‘este concerto é-lhe dedicado, aceite a nossa grata admiração’. Abraçá-lo no fim e ouvir-lhe a opinião, com tanto de gentil como de implacável. Ele era assim.”

Psiquiatra e sexólogo
73 anos