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O empreendimento da Mexto Property Investment que combina história e luxo

Fotos: DR

Os apartamentos foram todos vendidos em seis meses

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No coração de Lisboa, ergue-se um edifício do século XIX com uma nova vida. Os traços típicos e a arquitetura sofisticada aliaram-se e conquistaram prémios e os olhares de quem passa.

O número 26 da Rua Eduardo Coelho, no bairro do Príncipe Real, em Lisboa, denuncia as duas características que poderiam resumir esta reabilitação: memória e contemporaneidade. Quem hoje olha para o prédio do século XIX, outrora degradado, percebe que o objetivo foi preservar a história, aliando-a à modernidade.

Assim, a obra superior a 8,5 milhões de euros manteve as fachadas, os vãos e alguns elementos da época. Azulejaria, pedras, caixilharias, madeiras, cantarias. Tudo foi (re)aproveitado. Quem o explica é Miguel Cabrita, administrador da Mexto Property Investment, uma imobiliária de luxo. “Queríamos mostrar que é algo antigo, mas que iríamos transformar numa peça de arte porque, na altura, era uma peça de arte degradada.”

Quem conhecia o antigo aspeto da agora renomeada Maison Eduardo Coelho vai identificar pontos comuns, já que o desenho exterior se manteve inalterado, tal como a cor que predomina: o verde-garrafa – que se escondia em pormenores da anterior fachada. Para preservar o contínuo e a identidade, aponta o engenheiro, os materiais mais utilizados foram os “da época”. Madeira, pedra e vidro.

No interior, foi necessária a adaptação para um “edifício moderno e contemporâneo”. Branco, bege, cor de areia ou cinza muito claro são as cores que dão amplitude. “Os edifícios do século XIX tinham como característica um corredor e portas para a direita e para a esquerda.” Tudo muito apertado. Com a recuperação, “quisemos abrir”, diz Miguel Cabrita.

Reconhecimento do trabalho

No total, a obra resultou em sete apartamentos de “elevada eficiência energética e conforto”, em que o maior deles, o Garden House, apresenta um jardim privado de 300 metros quadrados, com piscina. Para a área exterior, o administrador da Mexto salienta que o ponto de partida era a conexão com a Natureza, sendo um privilégio conseguir um espaço de descanso no coração lisboeta. “Não um luxo exuberante, mas algo sóbrio e de qualidade.”

A Maison Eduardo Coelho venceu, em maio, o prémio de melhor empreendimento imobiliário na área da habitação no SIL – Salão Imobiliário de Portugal. Esta não é a primeira vez que o projeto de arquitetura assinado pelo ateliê João Tiago Aguiar é galardoado. Já arrecadou também o prémio da melhor reabilitação urbana nos Óscares de 2022 e o de melhor projeto de reabilitação 2021 do jornal “Construir”. “Queremos que cada uma das nossas obras seja uma peça de arte e que quem as veja possa admirar algo bonito e fora do comum, mas bem feito e confortável também para quem a utiliza no interior.”

Os apartamentos foram todos vendidos em seis meses.