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Nove personalidades contam o que queriam ser quando crescessem

Daniel Sampaio, psiquiatra Em criança pequena não fui muito original: como tantos meninos ambicionava ser bombeiro ou polícia. Quando aprendi a ler, tudo foi diferente e desde muito cedo pensei em escrever livros. Sempre me interessei pela vida dos escritores e imaginava, em criança, cenários ao pé do mar em que escrevia livros numa máquina de escrever, semelhante à velha Remington da minha mãe.
Daniela Ruah, atriz Adoro desenhar e os livros de medicina do meu pai fascinavam-me pelas ilustrações anatómicas, por isso houve uma altura em que me imaginava ilustradora. Cheguei a imaginar-me a partilhar um escritório com a minha mãe como audiologista. Mas a minha paixão pela dança e a representação falou mais alto e segui estas disciplinas a todo o gás, com o apoio incondicional dos meus pais.
Mário Ferreira, empresário Desde pequeno que tive um fascínio enorme por viajar, conhecer novos povos e culturas. Crescer em Matosinhos, junto ao mar e aos navios que chegavam a Leixões, fez-me ter esta vontade de embarcar e partir à descoberta. Sempre fui apaixonado por montar e criar coisas. Achava que ia ser engenheiro.
Eunice Muñoz, atriz O ambiente que me rodeava dificilmente deixava espaço para sonhar ou pensar numa profissão que não fosse a representação, o palco. Mais tarde achei que gostaria de estudar medicina, ser médica.
Marta Temido, ministra da Saúde Lembro-me bem de que, por volta dos dez anos, queria ser escritora. Gostava muito de livros e de imaginar histórias que depois tentava escrever. Acho que foi um hábito que nasceu do facto de a minha mãe me ter lido durante anos, ao adormecer, e de as minhas professoras da escola primária mandarem fazer muitas redações e composições (eram os nomes da altura!).
Nélson Évora, atleta Queria fazer sapateado porque via muitos filmes com o Fred Astaire, com a minha mãe, quando era pequeno. Dizia à minha mãe que queria aprender a fazer aquilo! Queria ser astronauta porque sempre tive um grande fascínio pelo espaço e tinha o sonho de explorar planetas e sítios novos. Queria ser ator porque adorava rir e fazer rir, embora fosse introvertido, quando era mais novo. Mas sempre adorei cinema, nomeadamente comédia. Mesmo hoje, penso que as pessoas têm o poder de pôr milhares de outras bem-dispostas e fazê-las rir. Acho isso algo especial e único. Acabei por ser atleta porque também sabia, desde muito novo, que poderia vir a ser um bom desportista!
Patrícia Mamona, atleta Uma das coisas que queria ser quando era mais nova era médica. Tinha curiosidade em saber como é que se tratava das pessoas doentes. No entanto, um pouco mais tarde, o atletismo apareceu na minha vida. Gostei tanto que desde então tive o sonho de ser um dia atleta olímpica.
Carlos Daniel, jornalista A primeira coisa que quis ser foi bombeiro. Vivia em frente a um quartel e como via os bombeiros a entrar e a sair também queria. Depois futebolista, sobretudo por causa do meu pai, porque cresci com ele no mundo do futebol. Falhei por pouco [risos]. Ainda tive uma fase em que quis ser advogado, por influência familiar, mas também porque já ia vendo gente na TV que vinha do Direito. Acho que aí já tinha a ideia da comunicação.
D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa Queria ser oficial da Marinha como o meu primo Abel. Ele era marinheiro, andou perdido lá nos mares da China. Eu via as fotografias dele e queria ser também, para ter uma farda daquelas. Depois passou-me.

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Uns esfumaram-se num ápice, quais devaneios próprios da infância. Outros fizeram-se projeto de vida, caso sério. Os sonhos de meninos das figuras públicas.