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Campanhas estrangeiras sobre aborto na Irlanda eliminadas do Facebook

Não usar a palavra-passe do facebook noutro site e não cair na tentação de partilhá-la com alguém. Alterar ou repor a palavra-passe é possível, seguindo indicações específicas.
O nome próprio e palavras mais comuns ou fáceis de associar não devem ser usadas como palavras-passe. Esse código deve ser difícil de descobrir. Imaginação, por favor.
Terminar sempre, mas sempre, a sessão quando usar um computador de alguém ou partilhado por outras pessoas. Se se esquecer, é sempre possível terminar a sessão remotamente.
Gerir a privacidade. É essencial. Até para evitar roubos de identidade, clonagem de perfis. Quanto mais configurações com «somente eu», mais em segurança estará. Há um check up de privacidade nos computadores ou nos dispositivos móveis para estar precavido. Basta aceder aos atalhos de privacidade.
Dados e informações no facebook tornam-se públicos e acessíveis a muita gente – gente em qualquer parte do mundo É possível bloquear pessoas por vários motivos. Comentários impróprios, partilhas indesejadas. Com esse bloqueio, não há hipótese de aceder à sua página, ou entrar em contacto, ou identificá-lo em imagens ou textos.
Selecionar com quem quer partilhar o que coloca no facebook é um conselho básico. Partilhe informações importantes com pessoas que realmente conhece. E certifique-se que isso acontece.
Certifique-se que apenas os seus amigos veem o seu perfil. E controle quem pode entrar em contacto consigo. Há opções específicas para que isso aconteça.
Não aceitar pedidos de amizade de pessoas que não se conhece. Mais vale prevenir do que remediar.
Configurar notificações de login. O facebook, assim o queira, pode enviar um alerta sempre que alguém aceder à sua conta através de um computador ou outro dispositivo desconhecido, alguém que não tem autorização. Nas «configurações de privacidade», clicar em «security», depois em «editar» ao lado das notificações de login para então escolher se deseja receber um email ou um alerta de mensagem de texto se houver estranhos no seu facebook. E, por último, salvar as alterações.
Há possibilidade de se proteger se precisar de entrar no facebook num navegador desconhecido. Pede-se ao facebook o envio de um código de segurança para o telemóvel que será utilizado para fazer o login, sempre que esteja fora do seu habitat natural.
As suas contas de email devem estar protegidas. Verifique regularmente se isso acontece.
Antes de clicar nalgum item ou efetuar transferências de documentos ou imagens, que despertem curiosidade, convém pensar duas vezes.

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Texto de Alexandra Pedro | Fotografia ShutterStock

O Facebook anunciou esta terça-feira que vai eliminar todos os anúncios e campanhas criados fora da Irlanda que digam respeito ao referendo do aborto.

O governo irlandês chegou a acordo para viabilizar a marcação do referendo para legalizar a interrupção voluntária da gravidez, agendado para 25 de maio, e a empresa de Mark Zuckerberg já tomou medidas.

«Como parte dos nossos esforços para ajudar a proteger a integridade de eleições e referendos de influência indevida, começaremos a rejeitar anúncios relacionados com o referendo se eles estiverem a ser administrados por anunciantes localizados fora do país», pode ler-se num comunicado do Facebook, publicado esta terça-feira, 8.

Esta posição surge depois de toda a polémica em torno das eleições norte-americanas, que levou Zuckerberg ao Senado dos Estados Unidos para prestar esclarecimentos. Escândalo que envolve a empresa Cambridge Analytica, que terá recolhido várias informações sobre possíveis eleitores sem o consentimento daquela rede social.

Nessa altura, a Notícias Magazine publicou um artigo sobre algumas formas de melhorar a sua privacidade no Facebook. Pode ver algumas dessas dicas na fotogaleria em cima.

«A abordagem da nossa empresa é criar ferramentas para aumentar a transparência em torno das campanhas políticas, para que as pessoas saibam quem está a pagar os anúncios publicados e para garantir que as organizações que o fazem estão localizadas nesse país», acrescenta a empresa em comunicado.

O Facebook acrescenta ainda que este mecanismo de transparência entrou em funcionamento na Irlanda já a partir desta terça-feira. «Esta alteração vai ser aplicada em anúncios provenientes de entidades estrangeiras e que estão a tentar influenciar o resultado de 25 de maio», esclarece ainda.

Recorde-se que no atual regime irlandês, o aborto só é permitido em caso de risco de vida para a mãe e podem ser aplicadas penas até 14 anos de prisão para quem interromper ilegalmente a gravidez.

Neste sentido, estima-se que, desde 1983, 170 mil mulheres tenham saído da Irlanda para interromper a gravidez e que cerca de 2 mil tomem, de forma ilegal, um comprimido para o mesmo efeito.

“Este referendo pretende pedir aos cidadãos que permitam que sejam as próprias mulheres a tomar decisões cruciais sobre si”, disse o primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar. «Sei que é um assunto muito pessoal e privado e que para a maioria de nós não é uma questão preto no branco, é cinzenta — o equilíbrio entre os direitos da mulher grávida e do feto ou da criança por nascer», acrescentou ainda o governante.