Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Bem-vindos a 2023, o ano que começa logo com o tuga a ser lesado: roubaram-nos o feriado de hoje, dado que calhou a um domingo. A deflação chegou até aos dias de descanso.
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Espero que a escalada de preços nos supermercados vos tenha permitido mesmo assim investir em passas de uva para pedirem desejos. Na verdade, eu só precisava de uma, para desejar renunciar a um cargo na TAP e ficar com a vida feita.
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Toda a gente comentou o caso de Alexandra Reis, que renunciou à administração da companhia aérea para ir para o Governo e levou uma indemnização de meio milhão. Mas a pista estava logo no cargo: secretária de Estado do Tesouro. Não ia a lado nenhum sem um baú cheio de moedas.
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Mas melhora: a menos que exista um contrato que especificamente determinasse outras condições, Reis teria direito a apenas 2333 euros. Só que depois meteu a mão no bolso de um casaco de inverno que não usava desde o ano passado e estavam lá 499 767 euros perdidos. Quem nunca?
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O Governo espanhol vai eliminar o IVA de alimentos básicos. Aposto que já estão arrependidos de terem celebrado o 1 de Dezembro.
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Por cá, já se sabem algumas das coisas que vão aumentar em 2023: pão, eletricidade, gás, portagens, transportes, telecomunicações e rendas. Eles que comam bolos. Às escuras. Em casa. Com três camisolas de lã vestidas.
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Foi viral a prenda de Natal de Georgina para Cristiano Ronaldo: um Rolls-Royce Dawn descapotável. Mas ele não estava nada à espera. Quando a mulher lhe pediu 400 mil euros, disse que era para ir ao pão, que tem aumentado imenso.
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Dois homens acusaram Marcelo Rebelo de Sousa de não ter dito nada após os incêndios de Pedrógão Grande, em 2017. “O senhor fala muito bem, mas não faz nada.” O que nem sequer é verdade. Se há coisa na qual Marcelo tem posto muito a pata na poça nos últimos meses é a falar.
[Artigo publicado originalmente na edição do dia 1 de janeiro – número 1597 – da “Notícias Magazine”]