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Pontos críticos da costa portuguesa

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O governo já começou a aprovar os seus programas para a orla costeira que deverão regulamentar, monitorizar, proteger e ordenar todo o litoral português, de Caminha a Vila Real de Santo António. O primeiro foi o de Ovar-Marinha Grande, e o de Alcobaça-Cabo Espichel, que inclui a Costa de Caparica, tem aprovação prevista até ao fim do ano. [Fontes: Luísa Schmidt, do projeto Change, QUERCUS e APA]

DE VILA PRAIA DE ÂNCORA A VIANA DO CASTELO

RISCOS: GALGAMENTOS
Volta e meia, há casas em risco e é preciso demolir uma ou outra construção em perigo iminente, como aconteceu com um antigo restaurante em Afife, Viana do Castelo, no final de junho. Em Vila Praia de Âncora, no inverno, as investidas do mar chegam a levar vários metros de areia.

OFIR, ESPOSENDE

RISCOS: GALGAMENTOS
Erguidas a poucos metros da praia, com um total de cerca de duzentos apartamentos, as três torres de Ofir estão em permanente risco quando há mau tempo no mar – e em Ofir há algumas vezes. Quando foi ministro do Ambiente, José Sócrates chegou a admitir mandar demoli-las devido ao risco de as suas fundações serem destruídas pelo mar.

DE FURADOURO A ESPINHO

RISCOS: GALGAMENTOS E INUNDAÇÕES
Cada vez que há temporal no mar, é frequente o Furadouro ser notícia. «A construção de prédios em cima do areal numa zona de mar muito energético faz que haja problemas constantes», diz Luísa Schmidt, coordenadora do Projeto Change, que investiga o impacto das alterações climáticas no ordenamento do território.

DA BARRINHA À PRAIA DE MIRA

RISCOS: INUNDAÇÕES
A forte agitação marítima já seria suficiente para tornar frágil esta faixa da linha de costa, mas a proximidade da ria de Aveiro, que corre numa linha paralela ao mar, tornam-na uma das zonas mais complicadas do país. Se houver uma tempestade simultânea em terra e no mar, toda aquela área pode ficar inundada.

COSTA DE CAPARICA

RISCOS: GALGAMENTOS E INUNDAÇÕES
A construção nas dunas e o impacto humano sobre a arriba fóssil são apontadas há muito como atentados ambientais. O Plano de Ordenamento da Costa prevê apoios de praia mais pequenos nesta zona e uma medida controversa: menos pessoas nos areais.

FONTE DA TELHA

RISCOS: EROSÃO, GALGAMENTO, INUNDAÇÃO, RISCO PARA HABITAÇÕES
É um problema antigo e, apesar das várias tentativas para o solucionar, as casas erigidas clandestinamente em cima da duna e junto à arriba fóssil têm-se mantido na paisagem. O POC prevê demolir as construções implantadas em zonas de risco crítico de galgamento e inundação, transferindo-as para outro local.

QUARTEIRA E VALE DO LOBO

RISCOS: ARRIBAS INSTÁVEIS DESTRUIÇÃO DE HABITAÇÕES
A construção da marina de Vilamoura roubou areia a jusante e obrigou à criação de um campo de esporões na frente marítima de Quarteira, nos anos 1970. Mais para leste, as arribas já frágeis de Vale do Lobo tornaram-se ainda mais vulneráveis. Apesar dos vários enchimentos de areia entretanto realizados, já caíram casas perto da praia.

RIA FORMOSA

RISCOS: DESTRUIÇÃO DE HABITAÇÕES POR TEMPESTADES
Antes do 25 de Abril, poucas casas existiam junto à ria Formosa. Mas as construções ilegais tomaram conta da paisagem – que, ainda por cima, é protegida, pelas caraterísticas ambientais da zona. Na Fuzeta (Olhão), uma série de casas clandestinas foram destruídas por uma tempestade em 2010.