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As matrículas, o Bolsonaro e a peste

Mário Centeno lá conseguiu a sua cadeira de sonho: é governador do Banco de Portugal. Fartou-se de ser ministro das Finanças, que na verdade é mais um cargo de governanta (Foto: Gerardo Santos/Global Imagens)
Centeno diz que quer dar “projeção” à instituição, o que me parece difícil. Já não há ninguém que seja fã de bancos no geral. É que já nem oferecem esferográficas como dantes, tal é a crise. Eu não sei se quero viver num país no qual tenho de comprar as minhas próprias canetas
O site das matrículas tem dado muitas chatices aos pais, que se queixam de erros informáticos para inscreverem os filhos na escola. Para conseguirmos que o nosso miúdo em setembro esteja a aprender a desenhar vogais não devia ser preciso meter uma cunha ao Rui Pinto
Jair Bolsonaro, como grande democrata que é, quis estar junto do seu povo e por isso fez o mesmo que um milhão e setecentos mil dos seus cidadãos: apanhou covid. Isto é que é um político em cima dos problemas do seu país. Literalmente e com a máscara posta com a mestria que se conhece. O presidente brasileiro diz estar “perfeitamente bem” e voltou a defender o uso de hidroxicloroquina, um medicamento que está muito longe de consenso dentro da comunidade científica. Parece só um influencer que está a impingir aqueles batidos de proteína da Prozis. “Pessoal, usem o código JAIR10 para terem 10% de desconto na hidroxicloroquina de baunilha ou caramelo.” (Foto: Pixabay)
A China tem registado casos de peste bubónica, que no século XIV deu origem à peste negra. Eu sabia que a moda de fazer feiras medievais um dia ia dar para o torto. Pessoal de Santa Maria da Feira, cuidado! Afastem-se dessa pessoa toda vestida em serapilheira! (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)
Circulam vídeos de grupos de turistas, sobretudo holandeses, na Rua da Oura, em Albufeira. Estão em clima de festa, sem o mínimo distanciamento social. Coitados, a salvarem o nosso turismo, um shot de absinto de cada vez, e ainda ouvem bocas
Lembram-se, há uns meses, quando a revista holandesa “Elsevier Weekblad” disse que éramos uns calões sempre em lazer e que não devíamos andar a receber dinheiro de fundos de recuperação? Acho que foi isso que conquistou os putos que vieram para cá. “Pessoal, fazemos a viagem de finalistas numa praia no Algarve ou vamos em visita de estudo a um paraíso fiscal num subúrbio em Amesterdão?” Bem, já sabemos qual escolheu a Jerónimo Martins

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