A última morada dos padres

A vida é uma missão que não tem fim e reforma é uma palavra que custa a encaixar no dicionário sacerdotal. Como vivem os padres a última etapa do caminho? Rezam, celebram, leem, veem televisão, ouvem música, fazem ginástica, jogam às cartas, navegam na internet. Pensam na morte e acreditam na vida eterna. Com o crucifixo na parede e o terço no bolso.

Tiago Brandão Rodrigues: «A política continuará a nortear a minha vida e a ciência faz parte de mim»

Relação com os sindicatos. Contagem do tempo de serviço dos professores. Modelos de avaliação. Renovação do parque escolar. Colégios com contratos de associação. Exames. Uma entrevista com o ministro da educação costuma ter estes ou outros temas na lista de perguntas e nas respostas gravadas. Mas esta não. Esta é uma entrevista de vida com o melómano que gosta de desporto, admira a família e se orgulha do sotaque nortenho. Uma longa conversa com o jovem cientista de 40 anos que por agora arrumou a bata do laboratório para pôr a gravata de político.

Micaela Miranda, uma atriz na Palestina: «Contar histórias é resistir»

Estudou teatro no Porto e em Paris, criou uma companhia na Irlanda e chegou ao Freedom Theatre, no campo de refugiados de Jenin, na Palestina. Um teatro comunitário num território ocupado. Micaela Miranda quer explorar a sua herança internacional e agora está em Londres a estudar o movimento do corpo, mas mantém-se ligada ao freedom theatre e quer criar uma escola móvel de teatro de resistência.

Diana Matos: «Just dance, dance, dance»

Há sete anos, a vida desta bailarina portuguesa mudou. Viajou de Lisboa para Londres e desde então já trabalhou com Beyoncé, Jessie J., Nicki Minaj, Missy Eliot ou Pharrell, entre outros. Atualmente integra o grupo de dançarinos da tour mundial The Man of the Woods, que é como quem diz dança, lado a lado, com Justin Timberlake. Ela chama­‑se Diana Matos.

Benedita Pereira: «Se algum talento tenho, é mesmo para isto»

Benedita Pereira ou a infanta Isabel de Bragança em Versailles, cuja terceira temporada estreou-se ontem na RTP. Aos 32 anos, prestes a completar 15 de carreira, a portuense que desejava ser o Herman José em versão feminina faz o balanço. De Morangos com Açúcar às encenações de Nuno Carinhas, da vivência nos Estados Unidos às saudades de Portugal, das dúvidas e desilusões aos sucessos. Sempre em modo furação Benny. «Gesticulo muito, falo muito alto, conto piadas e sou a primeira a achar-lhes graça.» Energética, habituada a ser a alma da festa.

Religião: os jovens portugueses acreditam em Deus?

Numa Europa em que os jovens se identificam cada vez menos com as religiões, Portugal destaca­‑se com níveis de comprometimento de fé acima da média. No entanto, o fenómeno divide opiniões. Estaremos a caminhar, com atraso, para esta realidade europeia ou a viver tempos que revelam um despertar religioso? A resposta não é simples. Quatro testemunhos de quem sempre viveu o cristianismo ou redescobriu a espiritualidade, cruzados com o depoimento de quem acompanha os jovens na busca permanente de um sentido para a vida e de quem estuda os movimentos religiosos, procuram fazer luz sobre a questão.

Sim, eles também podem

A fotógrafa canadiana Kirsten McGoey começou em 2016 um movimento fotográfico associado à hashtag #ABoyCanToo (um menino também pode) e tem sido uma experiência incrível.

Loucos pela Eurovisão

Há quem tenha simpatia pelo festival e saiba trautear uma ou outra canção vencedora do seu país. E depois há os verdadeiros fãs, que decoram temas e pontuações, prendem coreografias, colecionam discos, dão fortunas por bilhetes e fazem tudo para correr a Europa e assistir ao vivo a cada final do maior evento musical do mundo ­– são duzentos milhões de espetadores em todo o mundo. Neste ano a viagem é mais curta, com o Festival Eurovisão da Canção a decorrer em Lisboa dentro de poucos dias.

Mo Gawdat: «Achamos que podemos comprar felicidade. Não podemos»

O engenheiro egípcio passou por gigantes mundiais, como a Microsoft e a Google. Rico, bem-sucedido, casado e com dois filhos, sentia­‑se infeliz. Decidiu perceber porquê. O processo levou­‑o a criar uma equação, que aplicou à vida. Treze anos depois, a fórmula foi posta à prova com a morte de um filho, aos 21 anos. Desde então, Gawdat vive de forma simples, sem expetativas, feliz e tentando cumprir aquela que diz ser a sua missão: fazer mil milhões de pessoas felizes. Nesta entrevista, o autor do livro A Equação da Felicidade falou sobre os conceitos errados dos tempos em que vivemos, a complexidade do cérebro e as lições que Ali lhe deixou.