
Esta época também é de amores que acabaram, de amores reconstruídos, de amizades que perduram além de um divórcio. Esta quadra é de respeito, de diálogo, de harmonia. Homens e mulheres separados reúnem-se na consoada, alguns com filhos, alguns com netos, alguns com novos e ex-companheiros. São uniões que não se desfazem. São uniões para a vida.
No Natal do ano passado, José Carlos ofereceu círculos de madeira, cada um com o nome das pessoas da família, da filha, do filho, da neta, da nora, da ex-mulher, da ex-sogra. Essas bolas estão na árvore de Natal que Cristina Mesquita tem em casa, com decorações em tons rosa, ao lado do sofá onde o ex-casal se senta para a conversa. “Até na árvore, estamos todos”, repara Cristina Mesquita. “Não foi um divórcio complicado e fazemos as festas na mesma. Foi algo natural de acontecer e não apareceu ninguém para mexer no sistema”, diz José Carlos.
Divorciados há seis anos, 26 anos de casamento, as festas são passadas em conjunto, aniversários, Páscoa, Natal. Cristina Mesquita valoriza esses momentos em família. “Passamos o Natal sempre juntos. Os nossos filhos, felizmente, não têm de optar por ir um ano para casa do pai, outro para casa da mãe.” Não há essa giga-joga, comenta José Carlos. Pois não, Rúben e Luana nunca foram obrigados a fazer essa escolha. “Não temos de expor os nossos filhos a essa situação, não há essa necessidade”, reforça Cristina Mesquita.
Festas, portanto, é com a mãe e com o pai juntos. Este ano, o Natal será passado em casa de uma prima de Cristina que vem da Suíça, não na sua, em Vila Nova de Gaia, como de costume. Serão mais de 20, bacalhau na consoada, leitão ao almoço no dia 25. As prendas para a neta Leonor estão compradas há semanas, Cristina e José também trocam presentes entre si. O ex-casal dá-se bem, encontram-se várias vezes fora das festas, mas Natal é ponto assente, todos à mesma mesa. “Sabemos que não é o normal, mas devia ser”, nota Cristina Mesquita. José Carlos volta a lembrar que as coisas foram acontecendo naturalmente depois da separação. “Foi um processo relativamente calmo.”

Outro caso, a mesma vontade. Quando Carla Marques se casou, há quase 25 anos, teve na cerimónia a mãe e o pai, que se tinham divorciado quando ainda era criança, e os respetivos companheiros de segundas relações de cada um. Foram todos: os pais, como ex-casal, a sua madrasta e o seu padrasto. Pouco depois, passavam o Natal todos juntos. Aconteceu tudo de forma natural.
A história é longa. “Não temos memórias dos natais em família”, recorda Carla Marques. Ela e a irmã passavam a ceia com o pai e a madrasta, nesse dia, a mãe trabalhava até tarde. “Não era a família toda junta, não sabíamos o que era o Natal com pai e mãe.” Tudo mudou a partir do seu casamento com Sérgio Cardoso, os pais do marido, seus sogros, organizavam consoadas com muita gente, chegavam a ser mais de 50, e convidavam a família da nora, os seus pais e companheiros de então. “Entrei numa casa que era uma família, eu e a minha irmã andávamos de um lado para o outro.” Entretanto, a família dos dois lados cresceu, a mãe teve mais duas raparigas e um rapaz, o pai um rapaz, ao todo, são seis irmãos, a mais velha com 52 anos e a mais nova com 29. O pai e a mãe separam-se, entretanto, dos segundos relacionamentos. Se estiverem disponíveis, passam o Natal todos juntos, debaixo do mesmo teto, em casa de Carla Marques que prepara o Natal desde que tem casa na Figueira da Foz. O pai, a mãe, a ex-madrasta. O ex-padrasto ligou há dias a informar que, afinal, não conseguiria estar no Natal, vive e trabalha fora do país, iria se estivesse em Portugal, era certo.

Maria da Conceição é a mãe de Carla, tem 72 anos, passado é passado e não se muda, sempre colocou a família m primeiro lugar. A configuração dos natais nunca lhe meteu confusão com o ex-marido e sua companheira, agora ex, e o ex-companheiro, todos na mesma consoada, todos na mesma casa. “Nunca tive nenhum problema com isso. Infelizmente, em muitas famílias andam uns para cada lado.” Ali não. “Cada vez mais, as pessoas jovens separam-se e é um ódio que não há explicação e não consigo compreender isso. Não há hipótese de terminar com o que é uma família. Muitos não se preocupam com o bem-estar e o futuro dos filhos, muitos até os usam como arma de arremesso. E quer queiram ou não, são uma família, mesmo que voltem a casar.” Maria da Conceição lembra, a propósito, que não há ex-irmãs, ex-primos, ex-sobrinhos, ex-netos, a lei não contempla nada disso. O importante é a harmonia.
Aqui também. Manuela Bartosch e Vítor Costa separaram-se há ano e meio, depois disso, passaram as férias de verão juntos com os dois filhos Duarte, agora com 12 anos, e Francisco com quatro, bem como o Natal de 2023 e a passagem de ano em Paris com ida à Disney. Este ano, será igual a 24 e 25. A ceia será com a família de Vítor, em Matosinhos, o almoço do dia 25 com a família de Manuela. “É importante mantermos estas tradições e criarmos memórias juntos, com pai e mãe, não temos de o fazer em separado”, defende Manuela Bartosch. Vítor Costa fala em respeito. “Respeito à relação que tivemos, continuamos a ter esse equilíbrio, e isso vai ser importante para os miúdos.” Este ano, como sempre, combinaram a dois as prendas a darem aos filhos no Natal.
Bem-estar coletivo: alegria, empatia, convívio
No dia 24, Lúcia Cruz trabalhará até ao início da tarde, começará a preparar a consoada depois de chegar a casa, os doces, as rabanadas, a aletria. “Só umas coisinhas: o bacalhau, umas pencas, umas batatas.” Serão três, como no Natal passado: ela, o ex-companheiro de uma segunda relação e o filho dele. Lúcia convidou a ex-mulher desse ex-companheiro, ela não quis. “Não me importava nada, quem cozinha para um, cozinha para quatro, mas cada um tem as suas coisas.” Percebe-a sem qualquer tipo de julgamento.
A sua filha e o seu filho, maiores de idade, ceiam com o pai, seu ex-marido com quem esteve casada 20 anos e de quem está separada há 10. Dão-se bem, decidiram assim, Natal com o pai e ano novo com a mãe, assim ficou. “Temos uma relação bonita, somos amigos, é tudo falado.” Como costuma dizer: “É o melhor homem do mundo, deu-me dois filhos maravilhosos.” Haverá troca de prendas e de uma coisa não abdica, confessa, bombons Mon Cheri, tanto do ex-marido como do ex-companheiro, eles já sabem. “Tem de ser.”
No dia 25, Lúcia Cruz fará pernas de peru assadas no forno. No dia da passagem de ano, atravessará a rua de casa dos seus pais, onde estará com a família, para brindar a 2025 com o ex-marido, pai dos seus dois filhos. “Vou visitá-lo, levo champanhe, batemos os copos na passagem de ano.” Fala à vontade de tudo isto, mas não quer fotos, não é por si, é pelos outros.
É uma mulher alegre, de bem com a vida, que emigrou solteira, em busca de uma vida melhor, e voltou casada. “A vida empurra-nos para andarmos para a frente, andar sempre para a frente, com respeito uns pelos outros.” Não se importa do que os outros possam dizer, a vida é sua, segue o seu caminho. “Tenho muita fé, aquela coisa superior que nos faz levantar da cama todos os dias. E coração, tenho muito.”

Esta realidade é pouco comum, pouco habitual. Catarina Lucas, psicóloga clínica e terapeuta de casal, debruça-se sobre o assunto. “A convivência de ex-parceiros no Natal pode refletir sentimentos como empatia e respeito, especialmente quando a principal motivação é garantir o bem-estar dos filhos e preservar a harmonia familiar.” Por outro lado, realça, “também pode refletir dificuldades emocionais, como a resistência a aceitar o fim da relação ou o medo de perder o controle, o que pode ser resultado de uma educação que não estimula o fecho saudável de ciclos.” As perspetivas podem divergir. “Famílias mais integradas emocionalmente, que lidam bem com os conflitos e priorizam o diálogo, têm maior capacidade de criar convivências pacíficas após a separação. Já em famílias com dificuldades em lidar com o término de relacionamentos, essa união no Natal pode ser um reflexo da dificuldade em seguir em frente, onde a mudança não é totalmente aceite”, observa.
Casais separados, Natal em conjunto, sinal de forte maturidade emocional? “Quando os casais separados decidem passar o Natal sob o mesmo teto, colocando de lado as mágoas e focando-se no bem-estar coletivo, assistimos a um ato de grande maturidade emocional”, responde Catarina Mexia, psicóloga clínica e terapeuta familiar e de casal. É uma decisão que junta vários fatores. “Exige que ambas as partes sejam capazes de ultrapassar ressentimentos, tenham conseguido resolver de forma consensual a separação e se concentrem nos laços afetivos que ainda existem, especialmente os que envolvem os filhos e netos, fazendo jus ao que muitas vezes transmitem aos filhos no momento da separação e que é ‘a família continua, ainda que de uma forma diferente’”, sublinha.

Cada família é uma família, com seus contextos e suas particularidades. A forma como cada pessoa lida com a separação, e os motivos pelos quais ela aconteceu, e com os novos sistemas familiares, faz toda a diferença. Catarina Lucas analisa várias circunstâncias possíveis. “Se a convivência é baseada no respeito, na superação do passado e no bem-estar das crianças, pode demonstrar capacidade de lidar com as mudanças e criar novas formas de convivência de forma saudável.” Mas há sempre o outro lado. “Contudo, se a motivação for uma dificuldade em ‘deixar ir’ o que já não existe, ou se houver conflitos não resolvidos ou se isso alimentar uma esperança de que as coisas podem voltar a ser como antes, pode indicar uma falta de fecho emocional e uma tentativa de manter uma situação que já não é mais viável.”
Ana Galvão e Nuno Markl separam-se há oito anos e, desde então, passaram vários natais juntos, excetuando o da pandemia e o próximo que se avizinha. A radialista explica as razões e a enorme amizade que mantém com o humorista. “Decidimos passar o Natal juntos por causa do nosso filho Pedro. Eu e o Nuno somos amicíssimos, somos mesmo muito amigos, e nos sentimos família um do outro.” O filho de ambos, ainda pequeno, foi o principal motivo, não o único. “Sendo o Pedro pequenino, e as crianças vivendo tão intensamente o Natal, era terrível ele ter de ir para uma casa e depois para outra.” E a época continuou como era. “Mantivemos o Natal, mantivemo-nos juntos, e isso dá alegria a qualquer criança. A minha família adora o Nuno e o Nuno gosta muito da minha família, mantemos uma relação muito próxima e saudável”, conta. O Natal aconteceu sempre em casa de Ana Galvão, a sua família é maior. “Os primos do Pedro são filhos dos meus irmãos, são deste lado da família, só mais tarde é que nasceu o primo do lado do Nuno, o filho da Ana Markl. Sempre se manteve o núcleo mais deste lado para o Pedro passar os natais com os primos, que são praticamente todos da mesma idade.”
Manuela Bartosch adora esta quadra, guarda memórias dos natais da sua infância, gosta de ter a casa decorada, compra camisolas iguais da época para os filhos. Na manhã do dia 25, é costume estarem na cozinha fazer bolachas antes de saírem para o almoço de família. “Estou muito ligada ao Natal, daí querer lhes passar isso também.”
O ex-casal tem guarda partilhada, bastante flexível dada a profissão de Vítor, fotógrafo que viaja bastante, por vezes, passa semanas fora do país. Doze anos de casados, 20 de vida em comum, festas e momentos importantes juntos. “Quanto mais privilegiamos a família, nós, a família, menos os miúdos sentem a desestruturação do dia a dia”, comenta Vítor. Não quer dizer que será sempre assim em relação ao Natal. “Não é uma coisa fixa, não é um dogma, é uma coisa que sentimos nesta altura e que é importante para nós, como relação.” E nada disso é feito em esforço por terem filhos em comum. “Não estamos a fazer um sacrifício pelos miúdos, construímos uma relação baseada em valores, faz sentido mantermos o equilíbrio como casal, como família”, explica Vítor. Se os pais estiverem bem, os filhos estão bem também, acrescenta Manuela.
Os filhos são um dos maiores pretextos para que um casal divorciado se junte no Natal, escrevem os especialistas. Mas isso, por si só, não basta. “Não basta e nem sempre é recomendado”, avisa a psicóloga Catarina Lucas. Catarina Mexia tem a mesma opinião. “Isso não é suficiente. É preciso haver disposição emocional para lidar com os desafios da convivência, sendo crucial que o esforço para estar juntos seja autêntico e apoiado numa base de respeito e compreensão”, observa.
Não é tudo simples, é preciso compreender e assimilar o que se passa com os adultos e com as crianças. “Não são apenas os pais que devem estar resolvidos no que respeita à separação. Os filhos também devem ter isto muito bem integrado, sob pena de regredirem no processo de luto que eventualmente estarão a fazer relativamente à separação dos pais”, avança Catarina Lucas. “Aquilo que muitas vezes é feito para minimizar o impacto nos filhos pode ter um preço alto a seguir, no alimentar de esperança da criança que naquela noite voltou a ter os pais juntos e a família reunida, sendo que essa não será a realidade no dia a seguir”, acrescenta.
A capacidade de compreender as necessidades emocionais dos filhos mantém um casal unido, mesmo que separado. “Reflete sentimentos de altruísmo, em que o bem-estar coletivo é colocado acima de ressentimentos individuais. É também característica de uma forte resiliência familiar, ou seja, a capacidade de adaptação do sistema a mudanças familiares sem comprometer os laços afetivos, permitindo a manutenção do convívio entre subsistemas familiares com o ganho de todos”, comenta Catarina Mexia.
Lição de amor, lição de civilidade
Carla Marques tratou das decorações natalícias, árvore luminosa com estrela em cima, luzes e pinhas, o presépio aos pés, peças da época espalhadas por móveis, um néon com a palavra Natal. No exterior, coroa de Natal na porta de entrada, um soldado de chumbo e um Pai Natal, em ponto pequeno, como a dar as boas-vindas a quem chega. Serão 15 na consoada, 19 ao almoço do dia 25. “Para mim, é motivo de orgulho conseguir que estejamos todos juntos no Natal, com o meu pai e minha mãe à mesma mesa.”
O que é natural para esta família, não o é para outras. “Para algumas cabeças não é normal. Nem mesmo para a cabeça de muita gente que nos rodeia não é fácil de entender. É uma decisão nossa e que as pessoas têm de respeitar”, afirma Carla Marques. Amor, respeito, valores, tudo se resume a isso e que é tão forte, sublinha. É dar o exemplo aos mais novos, ao seu filho Francisco, aos seus sobrinhos, que cresceram e crescem com natais assim.
A mãe Maria da Conceição está totalmente de acordo. “As pessoas devem abrir as mentes e viver em paz, os filhos não têm culpa dos pais se terem divorciado. As pessoas devem ser inteligentes e respeitarem-se, o que aconteceu, aconteceu. Acaba um casamento, mas a família não pode terminar.”
Manuela Bartosch e Vítor Costa já escutaram vários comentários, não só sobre o Natal em conjunto, férias e festas também. Há quem aplauda, há quem torça o nariz. “As pessoas não estão habituadas a isso”, refere Manuela. “Às vezes, o engraçado é ouvir os comentários de outras pessoas”, diz Vítor que fala na pressão social, no modelo de família estabelecido. “Se há uma separação, pensa-se que tem de haver uma quebra e pressiona-se o próprio casal a tomar uma atitude.” Isso não lhes aconteceu, isso não lhes assiste, frequentam a casa um do outro, dão-se bem com as famílias dos dois lados, mantêm os grupos de WhatsApp. “Se gostamos de passar o Natal juntos, porque não havemos de o fazer? Queremos que isto funcione de outra maneira. É tudo regido por valores, ambos temos os mesmos princípios, somos diferentes em muita coisa, partilhamos essa base inicial”, adianta Vítor Costa.
Catarina Mexia não tem dúvidas. “Quando casais separados conseguem partilhar o Natal, estão a dar uma verdadeira lição de amor e civilidade. Demonstram que é possível ultrapassar conflitos e reconstruir relações sob uma nova forma, baseada na amizade, na coparentalidade ou simplesmente no respeito.” Para que isso aconteça, é necessário conjugar vários aspetos. “Diálogo e comunicação aberta e eficaz, para resolver mágoas e alinhar expectativas, limites claros, que ajudem todos os envolvidos a sentirem-se confortáveis, e um propósito comum que se traduza por um compromisso genuíno com o bem-estar dos filhos e a harmonia familiar”, descreve a psicóloga.
É o que se passará na história que se segue. Três meses depois da separação, Carolina Deslandes e Diogo Clemente estavam juntos a passar o Natal com os três filhos pequenos, Santiago, Benjamim e Guilherme. Foi em 2020. O relacionamento tinha terminado, o amor não. A cantora partilhou a ocasião num post nas redes sociais. “Mantemos o Natal igual. A casa também. Os miúdos sempre na mesma casa e quem altera somos nós. Sem divisões absolutas, quando um precisa de ajuda pede ao outro e vice-versa. Não somos um casal, nem um ex-casal. Somos família. Estamos incondicionalmente um para o outro, e para os nossos filhos”, escreveu. E prosseguiu: “Depois de tudo, deitámos as crianças este Natal e estamos a ver ‘Friends’ e a comer chocolates à lareira. Love you [Amo-te], Binho. You are home [Tu és casa].”

Carolina e Diogo, separados há quatro anos, são mãe e pai, são família, são músicos, amigos e companheiros de estrada. A 24 e 25 de janeiro, estão juntos em palco, num concerto no Coliseu de Lisboa, e repetem dia 7 de fevereiro no Coliseu do Porto. “Eu e ele” é o nome do espetáculo. Nas redes, Carolina e Diogo têm partilhado pequenos vídeos a cantar as suas canções preferidas e a contar a história de cada uma. “Não somos pais harmoniosos e um ex-casal evoluído e moderno, às vezes temos vontade de nos esganar e discutimos como só se discute em família. Mas porra, somos mesmo amigos e felizes a fazer canções. Orgulhosa disto”, escreveu Deslandes. Em sua casa, Diogo registou a decoração da árvore de Natal com os filhos no fim de novembro. “Arrancou a temporada. Preparação do plantel, cartas escritas, portas em armed e cross-check. O voo tá a arrancar com o primeiro jantar ao lado da árvore”, colocou no seu Instagram.
Não seguir a norma, contornar convenções, é sempre um desafio. Mas é Natal, Natal apesar de qualquer passado. “O Natal é, muitas vezes, uma celebração de ligações entre pessoas, independentemente da forma que assumem. Para casais separados, pode simbolizar amores que evoluíram, como relações conjugais que se transformaram em amizades baseadas no respeito e na partilha de responsabilidades. Pode ser também uma oportunidade para celebrar a resiliência e a adaptabilidade das relações humanas, oferecendo às gerações mais jovens um modelo de empatia e colaboração”, adianta Catarina Mexia.
“O Natal é sobre amor, reconciliação, esperança e perdão”, resume Catarina Lucas. É tudo isso. É tudo o que se quiser. E quando se quiser.