Um fogo de muitas chamas

Avião Canadair executa uma descarga de água sobre focos de incêndio no sítio da Lombada no Concelho da Ponta do Sol, na Ponta do Sol, 23 de agosto de 2024, O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

O incêndio da Madeira em destaque esta semana.

Sexta-feira, dia 23, hora do almoço. Havia finalmente otimismo no combate ao fogo rural que assolava a Madeira há dez dias e que chegou a ameaçar a floresta Laurissilva, local natural declarado Património Mundial pela UNESCO em 1999. A entrada em ação dos dois aviões Canadair, na véspera, ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, foi decisiva. Nessa altura, registavam-se mais de cinco mil hectares de área ardida, mas sem vítimas a lamentar – cerca de duas centenas de pessoas abandonaram as suas habitações por precaução, mas já quase todas tinham regressado a casa. O plano de combate às chamas mereceu muitas críticas.