Observação levou os cientistas a alterar os dados existentes sobre o tamanho máximo de abertura da mandíbula desta espécie. Considerado um invasor, o pitão-da-birmânia está a ser alvo de grandes investigações na Florida.
Um grupo de investigadores do Parque Nacional Everglades, na Florida (EUA), documentaram um pitão-da-birmânia de 4,5 metros e 52 kg a engolir um veado-da-virgínia de uma só vez. O registo é de dezembro de 2022 e impressionou os biólogos.
Ian Bartoszek, um dos especialistas, descreveu a cena como a mais intensa que viu durante os seus 12 anos de observação, destacando que o veado pesava cerca de 35 quilos, representando quase dois terços do peso da serpente.
A observação é significativa, pois os pitões birmaneses, introduzidos na região no final do século passado, tornaram-se predadores de topo, sem inimigos naturais para controlar a sua população.
Embora se saiba que se alimentam de veados e até jacarés, encontros como este são raros, limitando o conhecimento dos cientistas sobre o comportamento de caça e consumo desta espécie.
O artigo agora conhecido, após ser publicado recentemente na revista “Reptiles & Amphibians”, revelou que a abertura máxima da boca dos pitões pode chegar a 26 cm, mais do que os 22 cm anteriormente estimados, permitindo que estes engulam presas maiores.