O objeto escolhido pela animadora de rádio e consultora de comunicação.
“Demorei dois segundos a perceber que o meu objeto não podia ser outro. Este pequeno rádio transporta-me para aqueles dias quentes, nas ruas de Albufeira, quando entrei num estúdio pela primeira vez. Tinha 15 anos e a paixão de quem ia começar a ‘falar na rádio’. Desde então, já foram quase sete mil dias passados aos microfones, entre conversas e histórias. A usar a minha voz.
Nos últimos dez anos, paralelamente à rádio, tenho-me dedicado a trabalhar com pessoas que, nas suas mais variadas profissões, querem aprender a usar a sua voz para influenciar e inspirar, para criar relações de confiança e de proximidade.
Todos temos uma espécie de ‘microfone interno’ e é por meio dele que chegamos aos outros. Às vezes o som está mais baixo, outras vezes há ruído. Há momentos em que o ligamos e sai um turbilhão de emoções em forma de palavras; noutros momentos, ele está on, mas não sabemos bem o que dizer, ou como dizer.
Para as suas próximas conversas, e sempre que usar a sua voz, deixo-lhe estas três ideias que vêm da rádio: revele um pouco de si, para criar pontos de identificação com quem o ouve; faça perguntas, para conhecer melhor o outro e perceber as suas motivações; e seja gentil nas palavras, mesmo quando está em desacordo.”
Animadora de rádio e consultora de comunicação
51 anos
