O objeto escolhido pelo ex-árbitro de futebol e gestor.
“Esta camisola de árbitro de futebol era do meu pai. Apesar de ter sido no longínquo ano de 1996, lembro-me de a ter recebido no antigo Estádio dos Barreiros, no Funchal, um dos palcos de futebol da Pérola do Atlântico e, para mim, uma das terras mais bonitas de Portugal.
Lembro-me de tudo como se fosse hoje, pois essa ‘passagem de testemunho’ ocorreu no dia em que o meu pai terminava a carreira de árbitro. Eu tinha apenas 17 anos de idade e, na altura, nem me passava pela cabeça os dias de sucesso e as alegrias que o futuro me guardava.
Esta camisola significa mesmo muito para mim, pois também me faz recordar todos os ensinamentos e os princípios que o meu pai me passou. Como costumava dizer-me: “És Artur, mas também és verticalidade, honra, caráter e ética”. Uma peça que também me faz recordar todos os momentos em que ele, por várias vezes, me pediu para não seguir o seu legado desportivo, mas antes apostar na minha formação em Gestão. Infelizmente, não presenciou as conquistas da minha carreira, onde os dissabores que tive foram bem inferiores a todos os momentos de glória que este desporto, de que tantos gostamos e alguns tão maltratam, me proporcionaram.
Uma coisa é certa: o legado do meu pai permaneceu ainda com mais honra, caráter e sucesso.”
Ex-árbitro de futebol e gestor
45 anos