O embate renhido das eleições norte-americanas

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Estamos a dois dias das eleições norte-americanas. Nenhuma sondagem consegue prever o vencedor. É um embate muito renhido entre escolher beber um iogurte líquido de um sabor de qual não se gosta ou beber um frasco de diluente.

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As autoridades americanas estão a investigar incêndios em caixas usadas para depositar boletins de voto nos estados de Oregon e Washington. No fundo, uma metáfora muito óbvia de como estas eleições vão meter o país todo a arder.

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Trump e Kamala foram ambos buscar apoiantes famosos para a reta final. Kamala escolheu Beyoncé, catapultada para o sucesso pelas Destiny’s Child. E Trump teve Elon Musk, catapultado para o sucesso por um pai que lucrou com o apartheid na África do Sul.

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Trump meteu-se em apuros por ter levado a um comício um comediante que chamou a Porto Rico “uma ilha de lixo”. Só na Pensilvânia, estado que pode decidir a eleição, há meio milhão de porto-riquenhos. Trump pode assim perder as eleições por causa do equivalente ao Aldo Lima.

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Se não gostarem do vencedor das eleições, os americanos podem muito bem continuar a emigrar em força para Portugal. Por cá, claro que não se chamam imigrantes, chamam-se “expacts”, que é para ser óbvio que o Chega não está a falar deles quando organiza manifs.

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Lisboa ganhou mais um prémio de turismo, o Star City Breaks Destination. Basicamente, um prémio para cidades boas para escapadinhas curtas. Faz sentido, porque os próprios lisboetas também já só têm dinheiro para viver em Lisboa dois ou três dias.

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Durante esta semana, Carlos Moedas já quis avançar com uma candidatura à Presidência da República e já disse que descartava a hipótese. É uma pena, porque eu queria muito um Chefe Supremo das Forças Armadas que substituísse todos os cavalos militares por unicórnios modernaços.

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Esta também foi a semana da votação oficial do Orçamento do Estado para 2025, que já se contava ser aprovado na generalidade. O clima mesmo assim foi tenso, que é da maneira que já nos prepara a todos para aquele jantar da consoada com familiares de outros partidos.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 03 de novembro da “Notícias Magazine”]