O bacalhau, o azeite e os pastéis de Belém

1
O bacalhau teve um aumento de preço de 18% face a 2023, sendo a guerra na Ucrânia o principal motivo. Espera-se que em 2025 suba ainda mais. Qualquer dia o Governo vai ter de fazer um IVA Jovem no bacalhau para jovens poderem investir na sua primeira posta.
2
Já o azeite, o produto que mais encareceu nos últimos anos, regista uma ligeira descida no preço. Mesmo assim, custa mais do dobro do que em 2022. É uma questão de tempo até clubes de futebol começarem a ser comprados por magnatas do azeite em vez de petróleo.
3
Ainda na comida, os pastéis de Belém voltaram a ser considerados o melhor doce do mundo pela plataforma Taste Atlas. Anda Carlos Moedas ocupado com fábricas de unicórnios, quando as novas gerações deviam era estar a aprender a fazer massa folhada.
4
Está a fazer sucesso uma loja que já vendeu mais de 13 toneladas de encomendas não reclamadas. Compra-se ao peso, sem saber o que está dentro, e as filas são de três horas. Sou só eu que acho que isto é um rebranding para TikTok das rifas de quermesse em que sai sempre?
5
O almirante Gouveia e Melo já pediu a passagem direta à reserva, ficando mais cedo livre para trabalhar numa candidatura às presidenciais. Ou então, depois de se comparar a D. João II, vai comparar-se ao Pai Natal e usar estes dias para trabalhar na praça central do Colombo. As barbas já tem.
6
O agora ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, diz que não tinha intenção de fugir do país, foi Moscovo que o quis levar para um local seguro. Coitado, mais um homem levado para um sítio contra a sua vontade. Parece um dos maridos que se amontoam à porta da Primark.
7
Há agora uma pré-triagem telefónica para grávidas de Lisboa e Leiria antes de recorrerem às urgências. Próximo passo: usar o sorteio da Fatura da Sorte para decidir quem pode mesmo ir a uma maternidade.
8
A Comissão Europeia exige que Portugal retire as “regras discriminatórias” que permitem aos residentes no país, mas não aos visitantes, a entrada grátis em museus e monumentos 52 dias por ano. Onde é que já se viu, turistas terem de pagar para visitar coisas? Já gastam tanto em tuk-tuks e paellas congeladas, coitados.
[Artigo publicado originalmente na edição do dia 22 de dezembro da “Notícias Magazine”]