
CoLAB AccelBio, Instituto de Medicina Molecular e empresa iLoF trabalham em conjunto para acelerar inovação.
Desenvolver novos tratamentos e um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é o objetivo de um projeto que envolve o CoLAB AccelBio, o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e a empresa iLoF e que conta com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito da agenda “Health from Portugal”. Espera-se que, até ao final do próximo ano, sejam dados passos relevantes, para que as inovações possam chegar ao mercado e melhorem a qualidade de vida de quem sofre desta forma de demência e das famílias que os acompanham.
A investigação surgiu no iMM, através de uma investigadora que já tinha trabalho na área e se apercebeu que, “se conseguisse contrariar um determinado mecanismo associado à doença, os ratinhos que mimetizam a doença tinham menos sintomas, havia uma melhoria na memória e na capacidade de aprendizagem”, explica Bárbara Gomes, CEO do CoLAB AccelBio, uma entidade que junta a experiência e boas práticas da indústria farmacêutica ao saber das academias, para aumentar a probabilidade de os projetos atraírem os investidores necessários para conseguirem chegar ao mercado.
Atualmente, investigadores do iMM e do CoLAB AccelBio estão a trabalhar em conjunto para tentarem “identificar moléculas químicas que possam modelar e contrariar o mecanismo da doença de Alzheimer”, um processo que se espera estar concluído “até ao final de 2025”, adianta Bárbara Gomes. Depois de validadas as experiências em ratinhos, espera-se que o projeto consiga atrair investimento privado para poder avançar para a fase seguinte, ou seja, para os ensaios clínicos.
De acordo com Bárbara Gomes, esta alavanca financeira será essencial para que as inovações cheguem ao mercado, pois o desenvolvimento deste tipo de produtos, para além de demorar muitos anos, “custa milhões de euros”.
No âmbito deste projeto, acrescenta ainda a CEO do CoLAB AccelBio, estão a trabalhar com a iLoF num novo método de diagnóstico, pois, atualmente, a doença é diagnosticada numa fase adiantada, quando os pacientes já evidenciam muitos sintomas. Pretende-se, especifica Bárbara Gomes, “identificar um biomarcador que permita, por um lado, a identificação da doença nos seus estadios iniciais e, por outro, a sua identificação através de amostras sanguíneas e de forma pouco invasiva”.