
Estudo revela que espécie de formiga comedora de térmitas segrega compostos que ajudam a tratar ferimentos infetados por bactérias.
As Megaponera analis, conhecidas como formigas africanas, são muito comuns na zona do sul do Saara e nas savanas da África Ocidental.
A sua alimentação é praticamente à base de térmitas, o que nem sempre é fácil. Muitas vezes, as formigas são feridas com gravidade pelas fortes mandíbulas desses insetos.
Por isso, e segundo um estudo recentemente publicado na revista Nature Communications, elas desenvolveram uma estratégia de sobrevivência: fabricam os próprios antibióticos, sendo capazes de identificar as áreas infetadas por bactérias.
A eficácia é incrível. A taxa de mortalidade dos insetos infetados reduz em 90%, segundo a pesquisa. As formigas retiram esses antibióticos da glândula metapleural, que fica ao lado de seu tórax.
A secreção da glândula contém 112 componentes – metade dos quais têm efeito antimicrobiano ou de cicatrização de feridas.