Incursão israelita no sul do Líbano tem-se traduzido em vários ataques dirigidos às forças de manutenção de paz da ONU. Comunidade internacional considera-os inaceitáveis.
Os ataques
No dia 10, foi bombardeada uma torre de vigia da base de missão da UNIFIL, em Ras Naqoura. No dia seguinte, as forças israelitas voltaram a disparar contra o edifício. Já no dia 13, os tanques das Forças Armadas de Israel invadiram a referida base, escalando a tensão na região. Também se terão registado ataques nas regiões de Labbouneh e Ramia.
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É o número de soldados da UNIFIL que ficaram feridos durante o ataque das forças israelitas à base das forças de manutenção de paz no último domingo, 13.
A reação internacional
Os ataques repetidos de Israel aos capacetes azuis têm merecido ampla reprovação por parte da comunidade internacional, mesmo entre figuras que sempre apoiaram Benjamin Netanyahu (Bibi). Em resposta, o primeiro-ministro israelita lamentou “qualquer dano causado” e defendeu a retirada das forças de paz da ONU das áreas de combate no Líbano, alegando que estão a servir de escudo humano para os homens do Hezbollah.
“Ataques [israelitas] podem constituir crime de guerra”
António Guterres, secretário-geral da ONU
O que é a UNIFIL
A UNIFIL é a Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU, após a primeira incursão de Israel no sul do Líbano, em 1978. Tem a tarefa de monitorizar eventuais violações de fronteira e de manter a chamada “Linha Azul”, uma área que abrange 120 quilómetros ao longo do sul do Líbano.