O cenário é a casa dos avós maternos, com o avô no topo da mesa, os versos cantados à viola, as anedotas e a espera interminável pela meia-noite. Cândido Costa viaja no tempo até aos Natais da infância, que descreve ao pormenor, e embarca no caminho de ziguezagues da vida que o trouxe até aqui. O palco da televisão chegou depois de arrumar as chuteiras, voltou a tocar as estrelas. Não consegue estar quieto nem calado, é soltinho como tantas vezes diz. Ainda carrega a leveza e a graça do miúdo do bairro, que afinal nunca deixou de ser. E pede uma só prenda ao Pai Natal.
Estávamos em setembro, Cândido Costa subia ao palco do Coliseu dos Recreios para agarrar no Globo de Ouro Revelação do Ano e, tolhido pelos nervos, deixar a plateia a rir: “Estão a dar-me isto agora, se me tivessem dado imediatamente no final da minha carreira de futebolista, provavelmente tinha sido penhorado”. Até podia parecer brincadeira, à imagem dele próprio, mas o antigo jogador de futebol, agora revelação no entretenimento televisivo, jura que não. “No final da minha carreira, cheguei a ir ao “prego” vender algumas coisas em ouro que tinha, queria lá saber do ouro. E naquele momento, em que subo as escadas e vou direto ao microfone, não consegui deixar de ver a ironia. Aquilo saiu-me, naquele discurso voltei a ser o Candito.” O Candito das ruas do bairro social da Mourisca, em S. João da Madeira, onde cresceu, das futeboladas no Parque da Jana ao pé de casa, da rebeldia que nem se atreve a negar, de querer provocar o riso nos outros a toda a hora.
Na verdade, aos 43 anos, não mudou tanto assim. É sexta-feira, Cândido chega com atraso à entrevista no Renaissance Porto Lapa Hotel, não é homem para se desdobrar em desculpas, adormeceu, diz assim, sem filtros. E logo desata a contar que dorme nu, sempre com três almofadas, uma debaixo da cabeça, outra entre as pernas, outra para abraçar. De tão genuíno, os relatos saem-lhe disparados, e encavalitam-se uns nos outros, sem pudores nem travão. Diz que tem de aprender a calar-se mais, mas não é capaz. Vem sozinho, sem agente, prefere assim. Às tantas, os apontamentos de decoração natalícia ao redor transportam-no até aos Natais da infância, aquela do Candito, do miúdo afoito, e as recordações vêm-lhe à cabeça com uma nitidez assombrosa. “Esses Natais são irrepetíveis, por muito que os tente imitar agora, é impossível, e há uma certa frustração, porque o tempo é corrosivo.” Eram sempre em casa dos avós maternos, em Fundo de Vila, outro bairro da cidade, que Cândido resume assim: “É uma cooperativa de prédios onde ninguém está propriamente interessado em comprar uma penthouse”. Ali se juntava a família toda, num T2 do rés do chão, os avós, os pais, os tios, os primos, os dois irmãos. “A ideia que tenho é que quando a minha avó abria aquela porta, eu entrava num mundo encantado, com a decoração de Natal, com a luz baixa e quente, que não era propositada, era o que era. Com as rabanadas de vinho tinto que eu tanto adorava em cima do frigorífico velhote, num amontoado de travessas, onde também estava a aletria.”
Lembra-se das prendas escondidas num dos quartos, do frenesim de tentar abrir a porta para as espreitar, de a mesa ocupar toda a cozinha acanhada, dos homens todos juntos num só lado da mesa. “O meu avô ficava na ponta e era um brincalhão de primeira, acho que herdei isso dele. Era um contador de histórias exímio, algumas expressões minhas ainda são de coisas que ouvi dele.” Em cima da mesa, as nozes, as avelãs, a travessa do bacalhau, “com as couves de fora e a batata esfarelada”. Depois, havia um momento sagrado. “Ninguém sabia tocar viola, mas o meu avô tinha uma viola e punha-se a mexer nas cordas e a cantar uns versos. E nós, como ele era o patriarca da família, ouvíamos aquilo com muita atenção. ‘Olha aí que o vovô vai cantar’”, rebobina. Ainda se contavam anedotas e seguia-se a espera interminável pela meia-noite até que chegava a hora das prendas e “a casa ficava num pandemónio”. Não, não havia fartura. “Ficávamos sempre felizes porque vibrávamos com pouco, era uma alegria. Esperávamos sobretudo pelas prendas da tia Luísa, que tinha um bocadinho mais de possibilidades, essas eram as melhores.”
Cândido recebia carros de brincar, também chuteiras, caneleiras, equipamentos de futebol. Mas nunca mais esquece, talvez porque ter roupa nova era uma raridade, um conjunto da O’Neill. “Era t-shirt, calções e meias, tudo a condizer. Fiquei fascinado com aquilo a pensar ‘que estilo!’.” Há memórias difíceis de apagar, esta é uma delas, a de um Natal quente “numa casa fria”. Só que Candito, assim como os irmãos e os primos, foi crescendo, construiu a própria família. “Para mim o Natal é sempre fixe, mas nunca mais vivi, nem de perto, a magia daqueles primeiros Natais, que eram mesmo bonitos. A última vez que vivi um Natal destes teria uns 18 anos. E não consigo descrever um Natal como descrevi este da minha infância.” Era o tempo em que ele passava os dias a correr atrás da bola na rua, às vezes também dentro de casa, para logo depois andar com os irmãos a colar as peças de porcelana que moravam em cima de uma estante de madeira escura. “Havia um anjinho, umas pombinhas, as bolas partiam aquilo tudo e colávamos para não dizermos à minha mãe.”
Era o único da família que vibrava a sério com futebol, e que levava jeito com os pés. Ainda por cima, o desporto era a única porta que Candito via para vingar na vida. Não se lembra de alguma vez estudar, mesmo quando a mãe o obrigava a estar especado a olhar para os livros na escrivaninha. Mesmo assim, conseguiu a “proeza” de nunca reprovar de ano. “Era muito reguila, mas nunca fui aquele reguila ordinário de que as meninas tivessem medo, de não me convidarem para os aniversários. Gostava era de estar sempre a fazer os outros rir. Então tinha a compaixão das mais estudiosas e nos testes começava eu a sussurrar ‘Patrícia, Patrícia, qual é a 2B?’ e safei-me muito assim.”
Nos corredores da escola era popular, chegava de lenço vermelho na cabeça, a fazer lembrar o Rambo, de rádio às costas, a cantar rap, a ouvir MC Hammer. Fazia furor com as miúdas à conta do futebol e do brilharete nos recreios, “jogava bem”. Antes disso, ainda mais catraio, tinha aí uns sete ou oito anos, o pai leva-o para a Sanjoanense, começa a jogar a titular, a aparecer nos jornais locais. Rapidamente percebeu que tinha um dom e agarrou-se a isso com unhas e dentes. Até que na adolescência vai para o Benfica, para os escalões de formação, o miúdo do bairro muda-se para Lisboa, e tem na cabeça a imagem de os amigos a chorarem à porta da escola na despedida, “a dizerem ‘perdemos o nosso MC Hammer’”. Cândido ri-se a recordar o momento, carregava a ilusão de jogar num clube grande, só que o corte do cordão umbilical foi mais duro do que imaginava, o choque de abandonar as raízes tão novo, de deixar os pais e os amigos para trás. “Foi uma fase difícil. Se tivesse de o fazer hoje, não fazia. Não teria essa força emocional, essa leveza para largar tudo e ir.”
Desse tempo, ainda guarda, religiosamente, as cartas que o pai lhe enviava, datadas do final dos anos 1990, onde estão eternizadas diretrizes futebolísticas e pedidos subtis para Candito não enveredar por maus caminhos. Não se consegue desprender delas, são o sinal de que singrou e a prova do que perdeu e que já não volta. Ao mesmo tempo, lê-las traz-lhe a angústia de perceber o que o pai passou com o filho longe, mais ainda hoje, sendo pai de três filhos. Há um episódio marcante naqueles anos na capital, o da lesão num jogo que quase lhe roubou a carreira, e “que foi dilacerante”, sobretudo para o pai. “Sempre achei que ele era uma espécie de Bruce Springsteen, um patrão, uma força da natureza, e naquele momento em que estou na ambulância a ir para o hospital, ele não me conseguia dar força, porque estava em pânico.” Durante a recuperação – o antigo jogador revisita aqueles dias de olhos marejados – o pai chegava a enfiar-se no carro até Lisboa só para lhe levar areia da praia do Furadouro, molhada pela água do mar, para ele pôr sobre o pé, aquecida, “porque lhe tinham dito que o iodo ajudava”.
“Passei a ser o homem das prendas, a tia Luísa da família”
A lesão não haveria de ser o ponto final, o universo tinha outros planos para ele, a carreira seguiu, o Candito da Mourisca vingou no futebol, como tanto tinha sonhado. Entretanto, chegou o F. C. Porto e o palco da Primeira Liga, o salário mais alto, tirou a mãe da fábrica onde era gaspeadeira. E aqui volta aos Natais. “Aí passei a ser o homem das prendas, a tia Luísa da família”, diz a rir. Muitas vezes para tentar compensar a ausência, coisa que ainda hoje faz, no rebuliço dos dias na televisão – lá iremos. Debaixo da árvore de Natal, aos filhos mais velhos, do primeiro casamento, Rafael e Gabriel, hoje com 21 e 18 anos, deixava coisas que não teve, “por exemplo, aqueles carros elétricos grandes em que é só carregar no acelerador e que têm travão de mão e buzina”. “Na minha altura, era em madeira, com uma corda, tinha de haver uma descida, travar era com as solas dos sapatos e era o que Deus nosso Senhor quisesse”, relata.
Se pensar bem, sempre gostou de dar, ainda preserva isso. “Até porque, quando passei por mais dificuldades, as pessoas a quem sempre dei não me falharam com nada. Não sou vítima da história de quando a carreira acabou, ou o dinheiro se foi, os amigos evaporaram-se. Isso não me aconteceu, ninguém fugiu.” Foi aos 34 anos que disse adeus aos campos e à memória do jogador que acumulava internacionalizações e que tocou nas estrelas aos 19 anos, à lembrança daquele rapaz deslumbrado que comprou o carro de sonho, casa com piscina e que foi pai jovem. Estava já a jogar na distrital, a carreira em decadência, e é então que acaba por ir parar a uma formação do IEFP. “Não tinha plano nenhum para a minha vida e não fui para o IEFP à procura de me instruir melhor, de estudar, as pessoas podem pensar isso ao ouvir-me a falar dessa fase, mas não. Fui para lá porque caso contrário não recebia o fundo de desemprego.”
Aí custou-lhe ver os olhares de “olha este que foi jogador do Porto e lixou a vida toda”, mas recusou-se a ficar no lugar do “coitadinho de mim”, arregaçou as mangas, a dor foi combustível e foi até feliz naquele tempo. “Ativou-se ali outra vez o Cândido da Mourisca, desprendi-me rapidamente da ideia do futebol e até brincava com a situação. Andava com um Fiat Uno a gasolina, daqueles que parecem uma máquina de cortar a relva, com o tubo de escape fininho, um carro que teria aí uns 30 anos, e quando me perguntavam ‘ó Cândido, que carro é esse?’ eu dizia ‘isto é para ir à lenha, o maquinão está guardado’.” Ainda veio o divórcio, também teve de deixar a casa com piscina no Furadouro, em Ovar, “foram-se as palmeiras, foi-se tudo”, hoje vive em Lordelo num apartamento.
A televisão não estava no radar, nem com isso sonhava, mas começou como comentador desportivo no Porto Canal, já lá vão cerca de dez anos, ao mesmo tempo que fazia entregas na empresa do irmão. Reinventou-se, depois veio a TVI, logo a seguir o Canal 11, e as histórias que contou no “Sagrado Balneário” a virarem autênticos fenómenos. Aquela em que pagou quase 500 euros por um creme quando foi com Costinha às compras ou a vez em que Jorge Jesus desatou a barafustar com o rapper norte-americano 50 Cent quando decorriam os ensaios para um concerto no Estádio do Restelo durante um treino do Belenenses. “As histórias que conto aconteceram mesmo, não são anedotas. E por serem verdade é que elas se esgotam. Algumas também são proibidas, porque se as contasse, em vez de ser engraçado, era ser desleal. E esse é um património que tenho, o das pessoas envolvidas nunca terem ficado melindradas.”
O entretenimento era uma carta guardada que nem ele sabia que tinha. Ou talvez soubesse, o sentido de humor ajudou-o sempre ao longo da vida, é uma espécie de promessa que fez a si próprio, a de nunca deixar cair o riso. “Claro que nos jantares com os meus amigos sentia que toda a gente se calava para me ouvir a contar histórias e que no final era uma risota. E mesmo no futebol isso também acontecia. Mas a minha história é fruto de uma série de acontecimentos. A coisa boa de ter jogado na Champions e ter acabado na distrital, e depois no IEFP, é que me permite hoje entrar no balneário de um clube do Inatel ou estar com jogadores da seleção A e ser sempre o mesmo, porque tive essa bagagem de vida.”
Alguém lhe disse, uma vez, que não há memória de um jogador da bola acabar a carreira e ser reconhecido noutra área. Ele provou o contrário. Tanto que o programa “Cândido on Tour”, onde corre o país inteiro, para mostrar a realidade de aldeias e vilas muito para lá do futebol, assenta-lhe que nem uma luva, é o seu maior orgulho, enche o peito para falar disso, para dizer que raramente ali se repete uma cena, que é tudo nu e cru. Já lá vão mais de 120 episódios. E o “Taskmaster”, na RTP, foi a cereja no topo do bolo. Aliás, o humorista Nuno Markl disse, em tempos, que Cândido Costa é um milagre, que tem noções perfeitas de timings de humor sem nunca ter aprendido. As provas hilariantes que protagonizou no “Taskmaster” são espelho disso. E sim, Cândido sabe que tudo é efémero, que um dia terá “de fazer outra coisa qualquer”, mas enquanto ouvir a equipa do Canal 11 a rir nas cabinas de edição, ao verem horas e horas de gravações do “Cândido on Tour”, há de continuar.
Os filhos e o pedido ao Pai Natal
Os filhos mais velhos derretem-se com o programa, “o resto é só o pai a ser o pai, com um parafuso a menos”. “Eles adoram o ‘Cândido on Tour’, toca-lhes e comentam comigo os episódios. O que quero é isso, provocar emoções.” Chega a ficar emocionado ao falar de Rafael e Gabriel, ao lembrar os ziguezagues por que a vida passou e perceber que “não mudaram nada”. “Serem filhos de pai jogador, em que não faltava nada, de pai no IEFP, de pai Globo de Ouro, e manterem-se sempre no mesmo registo, gosto muito disso neles.” Não vivem com o pai, moram com a mãe, mas quando se juntam todos à mesa, por muito que custe a acreditar, Cândido pode jurar que é o que menos fala, “porque eles falam muito, muito, e não deixam ninguém falar”. Neste Natal vai ser esse o retrato, vão estar todos juntos. Será em casa dos pais de Cândido, no Furadouro, com os dois filhos mais velhos, com Cidália Oliveira, a atual companheira, o filho mais novo, Salvador, de quatro anos, e até o irmão mais novo, Fábio, o seu eterno “peluche”, que vem do Equador com a família. Uma casa cheia.
Cândido gosta de cozinhar, é terapêutico, gaba-se do seu arroz de marisco, “se experimentarem até ficam malucos”. Mas no Natal a mãe não o deixa meter o bedelho nos cozinhados. Já foi mais amante de doces, enjoou as rabanadas de vinho tinto que comia até não poder mais. E, hoje, até pode haver leitão e marisco, mas só há uma coisa que não falha naquela noite, “a bacalhoada”, bem regada a azeite, e couves, muitas couves, para dar ouvidos ao pai. “Ele diz-me sempre ‘Candito, tens de comer couves, que faz bem à saúde’ e eu encho de tal maneira o prato que depois fico a olhar para aquele jardim e penso ‘tantas couves, quando é que será que vão ligar a rega a isto?’”, brinca. Voltando à cozinha, há guerras lá em casa, ainda assim Cândido dá a mão à palmatória: “A Cidália cozinha melhor do que eu, ponto. Só que gosto de cozinhar, gosto mesmo. De pousar o telemóvel e desligar-me de tudo, de pôr uma musiquinha, beber um copo de vinho, quase como se vê nos filmes, aquilo faz-me bem. Faço o estrugido, invento, ponho uns molhos.”
O filho Salvador já está na idade de o imitar e vai alinhando nas loucuras do pai em casa. “É um carnaval viver comigo. Às vezes, na brincadeira, entro na cozinha, baixo os calções e começo a dançar, a Cidália parte-se a rir. E ele pega e imita-me e lá anda ele, branquinho e loirinho, de rabinho ao léu. Até o ‘soltinho’ ele imita.” Por falar no mais pequeno, na noite da consoada há sempre alguém a vestir-se de Pai Natal, às vezes o próprio Cândido, “e no ano passado ele ficou mesmo encantado, com aqueles olhos a brilhar”. Salvador trouxe-lhe de volta essa magia, a de uma criança no Natal. Prendas ainda não comprou, reservou o mês de dezembro para isso, anda sempre numa correria entre Lisboa e o norte, prometeu sossegar o trabalho nesta época, para ganhar tempo e fôlego, para respirar. “Preciso de estar com a família, com os meus filhos, porque é nisso que não tenho conseguido estar tão equilibrado. É a televisão, as publicidades, acho que é altura de dizer ‘calma’.” Não é que não seja feliz a fazer televisão, tem até a sensação de que se pegar na família e forem todos “numa autocaravana percorrer o país de uma ponta a outra”, vai receber “toneladas de carinho”. Só que a década dos 40 chegou com força, deu-lhe para refletir. “Trouxe-me uma maior preocupação, com a saúde, com os outros.”
Agora, se pudesse pedir uma só coisa ao Pai Natal, um presente para 2025, Cândido quase nem hesita. Deixar de fumar. “Vou mesmo tentar, é pela minha saúde. Ainda por cima já ninguém fuma o bom velho cigarro. Antigamente, dizia-se ‘pessoal, vamos fumar um cigarrinho?’ e vinham umas 15 pessoas lá fora. Agora digo ‘vou fumar um cigarrinho’ e as pessoas ficam a olhar para mim e dizem ‘esperamos aqui por ti’. O Pai Natal só tem de dizer ‘tu não vais ter vontade de fumar quando acordas de manhã’, ‘vais conseguir fazer cocó sem fumar’, ‘vais beber café e não vais ficar desesperado por um cigarro’, ‘vais dar uma entrevista para a ‘Notícias Magazine’ e não vais estar a pensar no cigarro’. Se ele conseguisse isso, era fixe.” É perto da hora de almoço, a entrevista chega ao fim, o gravador desliga-se e, antes das fotos, eis o cigarro ansiado: “Tenho de ir fumar, senão não estou soltinho”.
Apoio à produção:
Renaissance Porto Lapa Hotel