As tendências no acesso ao Ensino Superior

Artur Machado / Global Imagens

Cursos de Medicina definitivamente destronados pelos de Engenharia Aeroespacial (entre outros), boas notícias na Educação, sinais preocupantes no ingresso de estudantes carenciados, Bragança a agonizar. Uma leitura breve dos dados divulgados no último domingo.

Medicina e Educação Básica crescem
Em ambos os casos, houve uma subida do número de estudantes colocados, ainda que com proporções distintas: em Medicina, foram colocados mais 66 alunos; em Educação Básica, área altamente pressionada pela falta de professores, entraram 997 estudantes, um aumento de 8%.

56%
É a percentagem de estudantes que ficaram colocados na primeira opção. Ao todo, entraram na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior 49 963 alunos, num total de 58 301 candidatos.

Alunos carenciados em queda
Preocupante é o facto de ter descido consideravelmente o número de estudantes beneficiários de escalão A da ação social escolar (de 2810 para 1655). Por outro lado, houve um aumento do número de estudantes colocados pelo contingente prioritário para candidatos com deficiência.

19,45
Foi a média do último estudante a entrar na recém-criada licenciatura em Engenharia Aeroespacial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o curso que registou a nota de acesso mais alta do país. A propósito, o curso de Medicina com média mais elevada (o do ICBAS, onde o último aluno entrou com 18,55) ficou “apenas” no 8.º lugar deste ranking, uma absoluta novidade.

30
É o número de cursos em que não entrou um único estudante – quase um terço são do Instituto Politécnico de Bragança.