Deepbond recorre a “dealbreakers” e ao algoritmo que analisa perfis relevantes, para que utilizadores evitem conexões superficiais. É gratuita e está disponível para Android e iPhone.
A Deepbond não é apenas mais uma aplicação de namoro. Foi criada a pensar em quem procura uma relação séria e duradoura, depois de o próprio mentor se ter frustrado com as ferramentas que existiam no mercado. Em quatro meses foram estabelecidas mais de mil conexões em Portugal.
A ideia começou a germinar em 2022. Miguel Vieira, fundador e diretor da Deepbond, percebeu que a sua “frustração” com a utilização das aplicações (app) de namoro existentes era comum a um círculo alargado de amigos. “Pensamos que, se havia frustração com a utilização e resultados, se calhar era possível fazer algo diferente. Esse foi o mote que deu início ao projeto”, conta. Depois de analisado o problema e as respostas que o mercado oferecia, avançaram.
A Deepbond procura criar conexões intencionais, que vão além de breves encontros casuais. Ao invés de pressionar os utilizadores para tomarem decisões rapidamente sobre uma pessoa para poderem ver a seguinte, aposta na flexibilidade e dá “mais tempo para avaliar perfis e decidir”. Para além disso, existem “dealbreakers”, um conjunto de questões sobre temas-chave, que geralmente ditam a continuidade ou fim de um relacionamento. Como “ter filhos ou outras importantes para haver um alinhamento em termos de objetivos e preferências”, refere Miguel Vieira. Se houver interesse mútuo e forem ultrapassados os “dealbreakers” dos dois interessados, é estabelecida uma conexão.
A app dispõe ainda de um algoritmo inteligente que sugere perfis relevantes e permite que os utilizadores vejam todos os perfis antes de tomarem decisões.
Esta ferramenta – disponível de forma gratuita na App Store, para iPhone, e na Play Store, para Android – foi lançada em Portugal no início de julho. Desde então, relata o fundador, contam-se “mais de mil conexões estabelecidas e o envio de mais de 25 mil mensagens”. O perfil dos utilizadores, situados maioritariamente em Lisboa, Porto e Braga, revela que 70% têm entre 30 e 49 anos, o público esperado, considerando que se destina a quem procura “relacionamentos sérios”.
Para já a ideia é crescer no mercado luso, mas a empresa de Miguel Vieira tem intenções de expandir o negócio a outros países, assim consiga captar investimento. O objetivo é alcançar geografias como França (com ênfase na cidade de Paris), Reino Unido (Londres) e Alemanha (Berlim).