Associação Portuguesa Contra a Leucemia recorre a tecnologias para melhor informar doentes, cuidadores e público em geral. Primeiros episódios foram lançados em maio.
“O sangue que há em nós”, um podcast sobre leucemias, linfomas e mielomas, é o mais recente projeto da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em colaboração com a International Myeloma Foundation. Arrancou a 22 de maio no Spotify, iTunes e Google Podcasts, assim como no website e canal de YouTube da APCL. O objetivo é aumentar a literacia em saúde, o conhecimento fidedigno sobre as doenças hematológicas e criar empatia e compreensão perante as condições desafiadoras enfrentadas por doentes, familiares e cuidadores.
“É bom que as pessoas estejam alerta e informadas”, diz Carlos Horta e Costa, vice-presidente da APCL. “Hoje em dia já há algum conhecimento dos sintomas e sinais de alerta, mas ainda é preciso dar mais informação. Sentimos isso através das conversas que temos com os doentes com quem contactamos frequentemente e pela informação que recebemos no nosso site”, acrescenta, explicando que decidiram recorrer às “tecnologias para chegar ao público”.
Ao todo vão ser 31 episódios. Os três primeiros – sobre a APCL, transplantes e a visão de um dador de medula – foram apresentados a 22 de maio. Desde então, é lançado um todas as semanas, às quartas-feiras.
Os episódios “abordam diversos ângulos dos cancros de sangue, para oferecer uma visão abrangente e esclarecedora sobre as condições complexas inerentes à doença”, refere a APCL. Os temas são diversos e serão aprofundados por especialistas nas diferentes áreas, em entrevistas conduzidas pela jornalista Teresa Bizarro. “Vamos falar sobre exercício físico, alimentação, direitos dos doentes, ensaios clínicos, sexualidade, leucemias agudas e crónicas, linfomas, mieloma múltiplo e amiloidose, transplantes, cuidados de enfermagem, estomatologia e a visão do doente e dos cuidadores”, entre outros temas, adianta Carlos Horta e Costa.
A APCL sublinha a importância de as pessoas fazerem, no mínimo, um check-up por ano. “As pessoas podem-se estar a sentir bem, não ter nenhum dos sintomas mais habituais, mas a doença pode lá estar escondida, pois são doenças muito silenciosas, as pessoas nem sempre as sentem. Nada como estar prevenido e fazer um check-up anual. Se não tiver nada, ótimo, se tiver e for detetado a tempo, tanto melhor”, considera Carlos Horta e Costa.