A greve no INEM e o caos que ela gerou

Foto: Álvaro Isidoro

Fatalidades alegadamente relacionadas com a demora na resposta dos técnicos de emergência médica deixaram a ministra da Saúde no olho do furacão. 

A greve
Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar iniciaram, a 30 de outubro, uma greve às horas extraordinárias, apelando a uma revisão da carreira e a melhores condições salariais. A paralisação obrigou à paragem de dezenas de meios de socorro e originou falhas ou atrasos significativos no serviço 112 e no encaminhamento para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

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É o número de mortes alegadamente relacionadas com atrasos na resposta do INEM. O Ministério Público e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde estão a investigar.

Ministra debaixo de fogo
A greve foi entretanto suspensa no dia 7 de novembro, depois de uma reunião de emergência com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins. No entanto, a governante tem sido duramente criticada por não ter feito nada para a evitar atempadamente. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar enviou o pré-aviso de greve à tutela a 10 de outubro, 20 dias antes do seu início.

INEM na dependência direta
Em resposta, na terça-feira, dia 12, durante uma visita ao INEM, Ana Paula Martins anunciou que o instituto passaria a estar diretamente sob a sua alçada, para devolver a “confiança” ao país.

“Se efetivamente houver responsabilidades […], pode ter certeza que eu saberei interpretar esses resultados”
Ana Paula Martins, ministra da Saúde