Thermotebes, a mítica camisola que marcou gerações

A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana destaca os anúncios da camisola Thermotebe.

Por estes dias, dizer que está frio é muito mais do que fazer conversa circunstancial. É a mais pura das verdades. Um frio danado. Daquele que se entranha nos ossos, nos põe pingo no nariz e congela até os olhos. Mas na década de 1980 a conversa era outra. “Frio? Eu não tenho frio. Estou bem protegido!” Soou alguma campainha? Sim, a frase é tirada de um dos anúncios da mítica camisola Thermotebe, que marcou tantas gerações.

Talvez se lembre. Um senhor de bigode caminha confiante na rua. O vento sopra, a gravata voa, mas ele desabotoa a camisa e revela como se mantém quente. De seguida, uma voz-off louva as qualidades da dita camisola. Tem “características turboelétricas”, “mantém o calor do corpo” e até “protege da humidade”. Recomendada para “estados reumáticos” e para “senhoras e crianças em idade escolar”. Uma animação demonstrava a peça de vestuário com várias setas, eram o frio que queria entrar, mas não conseguia. No fim, a espiral vermelha e amarela. Um selo de qualidade.

As Thermotebes, que eram feitas em Barcelos, pela empresa TEBE, fundada nos anos 1940, já não se fazem. Já o frio, garantem os especialistas, veio para ficar.