Tesla Y: performances de tirar o fôlego

Não será dos automóveis mais bonitos, mas este familiar, na versão Performance, humilha quase todos os desportivos do mercado

O Tesla Y é o primeiro modelo da marca norte-americana a sair da megafábrica de Berlim. Oferece espaço, autonomia e prestações fora do normal na versão que ensaiámos.

As linhas podem não ser apaixonantes, porém ninguém se pode queixar de ter comprado um familiar espaçoso, mas sensaborão. Com 4,75 metros de comprimento, largura de 2,12 metros e não muito alto (1,62 metros), o Y Performance esconde bem os seus atributos. Um olhar mais atento notará a mais baixa altura ao solo, jantes de 21 polegadas (muito expostas a pequenos toques) e um aileron traseiro. A parca ficha técnica disponibilizada pela marca já nos coloca em sentido: dos 0 aos 100 km/hora em 3,7 segundos e uma velocidade máxima de 250 km/hora. Performances assombrosas, que obrigam a uma suspensão firme que, curiosamente, não compromete o conforto. E o baixo centro de gravidade faz com que o Y curve depressa e bem. O excessivo raio de brecagem torna-se incomodativo na cidade, assim como a fraca visibilidade traseira. Nota positiva para a melhoria da qualidade de materiais e da sua montagem no depurado interior. Continuamos a não gostar de ter todos os comandos concentrados no enorme monitor, que tem um interface de navegação muito fluido. O Y Performance custa 71 mil euros.

  • Números
    A Tesla não divulga muitos dados sobre o Y. A potência deve rondar os 510 cavalos e o binário os 660 Nm. A bagageira leva 854 litros até ao tejadilho.
  • Autonomia
    Com uma autonomia declarada de 541 quilómetros (ciclo WLTP), não fizemos melhor do que 480 o que, mesmo assim, é um valor muito correto.
  • Equipamento
    O equipamento e as performances do Y justificam o preço elevado. Quase tudo é de série e a Tesla assegura a entrega até março do próximo ano