Spirulos, o snack vegano que venceu concurso de alimentos inovadores

Spirulos foi criado por alunos da Universidade de Aveiro e venceu o concurso Ecotrophelia. Já há empresas interessadas em fazer chegar o produto ao mercado.

Spirulos é um novo snack vegano, saudável e sustentável feito à base de spirulina, brócolos e flor de sal. Foi desenvolvido por alunos da Universidade de Aveiro (UA) e tem chamado a atenção de investidores depois de vencer um concurso nacional de alimentos inovadores.

Este produto é o resultado do trabalho dos alunos Catarina Guimarães, Diana Cruz, Hyoram Assunção e Inês Moreira para a unidade curricular “Desenvolvimento de Novos Produtos Alimentares”, do mestrado em Biotecnologia da UA. Mas depressa deu nas vistas fora da academia, ao obter o primeiro lugar no Ecotrophelia 2023, um concurso organizado pela PortugalFoods que decorreu em julho, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

No âmbito da disciplina, explica Sílvia Rocha, a professora do departamento de Química que orientou o trabalho, os estudantes são alertados para os “desafios da sociedade atual” e adquirem “vários conhecimentos no âmbito da nutrição”.

Neste caso, entre os ingredientes principais do snack contam-se a spirulina, brócolos e flor de sal de Aveiro. “Procuramos seguir as tendências do mercado atual”, conta Hyoram Assunção. Uma delas passa por “produtos veganos, que usam forma alternativas de proteína”, tendo a escolha dos alunos recaído sobre a spirulina, uma cianobactéria que é fonte de proteínas, ferro, vitaminas do complexo B e antioxidantes, que é até usado “como auxiliar no tratamento da anemia”, o que permite um produto com “elevada qualidade” nutricional.

Na confeção entram também brócolos, incluindo os caules e folhas, que geralmente são desperdiçados, o que apela à “sustentabilidade”. E flor de sal de Aveiro, que adiciona um “sabor interessante” e procura “valorizar produtos regionais”, acrescenta o estudante.

A escolha dos ingredientes foi “muito bem pensada e fundamentada”, assim como as “proporções”, refere a professora Sílvia Rocha. Depois, os alunos “jogaram com outros ingredientes e especiarias para tornar o produto sensorialmente muito atrativo”.

O resultado é um snack cheio de potencial e fácil de ser concebido, o que já levou algumas empresas a manifestarem interesse em levar a ideia para o mercado. A equipa, revela Hyoram Assunção, está na fase de “falar com empresas e procurar investidores para o produto”.