Nacional, sustentável e original. A OSHIMI é uma simples escova que nasceu para resolver aquilo que para muitos é uma grande chatice.
Sol, calor, protetor, praia. A sequência para relaxar é simples mas, no fim… aquele stresse.
A cena repete-se todos os anos. Primeiro sacodem com as mãos, depois batem com os chinelos no chão. Se houver uma torneira que deite água por perto, melhor. Senão, há que encher uma garrafa, um balde, o que houver. Lavam-se. No fim limpam-se com as toalhas. Mesmo assim não ficou perfeito. É uma canseira. A Eduarda e o Hugo nunca gostaram de sair da praia com areia nos pés.
Foi por observar episódios idênticos que um dia Marta Henriques Lopes criou uma escova que facilitasse a tarefa. Rabiscou umas ideias. Incorporou o design do fino de uma prancha de surf – aquelas “barbatanas” que ficam voltadas para baixo – que um dia encontrou no areal e assim nasceu a escova que hoje comercializa.
Lançada em 2015, com o nome péDareia, a marca foi um sucesso. Depois veio a pandemia. Os materiais escassearam, a produção diminuiu, a empresa sofreu. Marta precisou de se adaptar. Não querendo perder o espírito português, substituiu o fino pela cortiça.
E oito anos depois da ideia genial, a composição ideal. Com materiais sustentáveis, a escova é hoje feita com madeira nacional, cerdas de origem vegetal, cobertas por um molde de microcortiça prensada. Chama-se OSHIMI. O nome é um conjunto de seis palavras:
O – Originality (originalidade)
S – Serenity (serenidade)
H – Hope (esperança)
I – Innovation (inovação)
M – Marvelous (maravilha)
I – Invencible (invencível)
Resultado: menos rastro de areia. No carro, em casa, em todo lado. Acontece que, neste momento, “há quem compre OSHIMI não para o fim para que foi desenhada, mas para ser utilizada em casa”. Para “varrer as migalhas da mesa, limpar teclados de computador e até para escovar as cordas das guitarras”. Novidades à vista? “Sim, com o tempo iremos revelar as surpresas que estamos a preparar”.
Está à venda por 27,50 euros. Pode ser comprada através do Instagram da marca. Mas também nas lojas Cantê do Restelo e do Chiado, em Lisboa. E, conta Marta, “as vendas têm corrido bastante bem, com pedidos um pouco de todo o Mundo”. Ainda na semana passada enviou exemplares para a Austrália, Brasil, Canadá e Luxemburgo.