Ora crónicos, ora agudos. Os problemas na Saúde não dão tréguas

A semana passada começou com a notícia da demissão dos chefes de equipa de urgência de medicina interna do S. Francisco Xavier

Médicos em greve, (mais) urgências fechadas e demissões, até bombeiros a recusar fazer altas hospitalares. Meio ano depois de Manuel Pizarro ter assumido a pasta - e três meses após a tomada de posse da Direção Executiva do SNS -, a turbulência parece ter voltado em força.

Protesto impactante
Aumentos salariais, horários de 35 horas, carreira digna, melhores condições de trabalho e valorização do SNS foram algumas das reivindicações que levaram os médicos a fazer greve a 8 e 9 de março. Segundo estimativa da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), a adesão, em contexto hospitalar, rondou os 80%.

O regresso das demissões
A semana começou com a notícia da demissão dos chefes de equipa de urgência de medicina interna do S. Francisco Xavier, invocando a falta de soluções apresentadas para colmatar as insuficiências do serviço.

“Só a melhoria das condições de trabalho vai conseguir prevenir esta sangria de médicos do SNS”
Joana Bordalo e Sá
Presidente da FNAM

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O número de urgências de pediatria na zona de Lisboa que encerrarão todas as noites, de 1 de abril a 30 de junho, segundo plano delineado pela Direção Executiva do SNS. S. Francisco Xavier, Torres Vedras e Loures são os hospitais afetados.

O caso dos bombeiros
Neste cenário turbulento, até os bombeiros fazem questão de expressar a sua indignação, tendo marcado uma greve às altas hospitalares para o período entre 17 a 21 de abril. A paralisação é uma forma de protesto contra os atrasos nos pagamentos devidos pelos hospitais.