Off!2me Kids, o baralho de cartas amigo das emoções

Baralho de cartas Off!2me Kids tem como objetivo “fomentar a agilidade emocional”

Recorrendo a 60 mensagens e outros tantos desafios, o Off!2me Kids quer ajudar as crianças a fomentar a agilidade emocional e a construir “a sua própria paz”.

Primeiro, uma mensagem, que pretende ser inspiradora. Exemplo: “Hoje aprecia as coisas mais simples e preciosas da vida: andar, falar, ter onde dormir e ter quem cuide de ti”. Depois, um desafio. “A vida pode ser cinco estrelas. Enumera cinco coisas boas na vida.” E assim é a multiplicar por 60, o número de cartas que compõem o baralho Off!2me Kids, o mais recente projeto de Vera Machaz, que há anos se dedica à área do desenvolvimento pessoal. No caso deste baralho, destinado a crianças dos 7 aos 12 anos, mais coisa menos coisa, a ideia é desafiar os garotos a “enfrentarem as suas emoções”, a construírem “a sua própria paz”, “a desconstruírem o que nos foi dito ao longo dos anos – o ‘não chores, não tenhas medo’ – e que de alguma forma nos entupiu”, justifica a mentora do baralho, licenciada em Comunicação Empresarial e Psicologia.

Foi neste contexto que, há quatro anos, ainda antes da pandemia – e bem antes deste Off!2me Kids que foi posto à venda em novembro -, Vera lançou o Off!cina. Nas palavras da própria: “Um projeto de psicologia motivacional que dá ênfase à importância de fazer off e fomenta a utilização das nossas competências emocionais”. O nome é arrancado ao universo automóvel e não é por acaso: “De alguma forma, a nossa cabeça é como um carro, precisa de fazer revisões de quando a quando.”

Vera Machaz, 45 anos, é licenciada em Comunicação Empresarial e em Psicologia. É a mentora do Off!cina e do baralho Off!2me Kids

Enquadrada nesta lógica, nasceu, no verão do ano passado, a ideia de um baralho composto por 60 cartas com frases desafiantes “para conduzir os nossos pensamentos” (todas da autoria de Vera). Na altura, exclusivamente para adultos. E foi um sucesso, revela a mentora: “Vendemos milhares de baralhos. Só para ter uma ideia, antes do Natal, houve uma empresa que encomendou 500 de uma vez”.

Daí ao baralho para crianças foi um pequeno passo. “Quem me deu a ideia até foi a psicóloga da escola dos meus filhos. Disse-me que era giro fazer uma coisa do género, mas para crianças. E eu aceitei o desafio. Claro que neste caso não me interessou tanto ser uma coisa tão profunda, mas antes passar uma mensagem, lançar um desafio.” Que, no fim, passará sempre por “fomentar a agilidade emocional”.