Susana Romana

“O Triângulo”, António Costa, Luís Montenegro e Passos Coelho candidato a presidente

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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Estreou há uma semana a nova aposta da TVI, o reality show “O Triângulo”. A principal crítica tem sido que o programa não tem regras claras e que é muito confuso. Ai, enquanto metáfora para Portugal acho genial, até poético.

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O programa é, claro, apresentado por Cristina Ferreira. Que, como sempre, está convicta de que está a fazer algo de revolucionário no audiovisual português. Só se for uma Revolução dos Cravas: malta sem emprego que se sujeita a estes programas para cravar borlas e seguidores de Instagram.

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Passos Coelho falou de um “horizonte” para a sua “vida política”, dando a entender que pode ser candidato a presidente em 2026. Isto é que é um homem polivalente: querem-no líder da oposição, primeiro-ministro e presidente, tudo de uma vez. Com jeitinho, até para Bebé do Ano da revista “Maria”.

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Uma sondagem da Católica revelou que 84% dos inquiridos consideram as reivindicações dos professores justas. Os portugueses acham justo que os professores contestem o Governo, assim como acham justo contestarem os professores que deram negativa ao seu Ruben só porque ele não sabe a tabuada no 7.º ano.

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Outra sondagem diz que, se as eleições legislativas fossem hoje, António Costa não só não obteria uma maioria absoluta, como poderia até perder para Luís Montenegro, num cenário de empate técnico com 32% para o PS e 31% para o PSD. Giro, mas… não era mais ou menos isto que davam as sondagens antes da “inesperada” maioria absoluta?

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Se adora dar pacotes de esparguete ao Banco Alimentar, tem outra hipótese de ajudar os necessitados. O Chega está a pedir aos seus militantes que paguem metade dos seus outdoors pelo país, num total de 154 mil euros. É uma espécie de RSI, mas ao nível das melhores condições para os cartazes.

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O Departamento de Energia dos Estados Unidos da América acredita agora que uma fuga acidental de um laboratório na China terá causado a pandemia de coronavírus. Não faço ideia se é verdade, mas aceito que dá uma série muito mais fixe da Netflix do que só um tipo a beijar um pangolim.

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Alexandra Reis poderá vir a ser reintegrada na TAP, uma hipótese levantada pela Inspeção-Geral de Finanças. Alexandra, miga, nunca se volta para o ex. Sobretudo quando na separação se ficou com a casa, o carro e as joias.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 5 de março – número 1606 – da “Notícias Magazine”]