O objeto escolhido pela cantora, compositora, produtora e atriz.
“O que pode parecer um objeto ordinário para qualquer pessoa – até ser considerado mesmo lixo – tem, para mim, um significado especial. Há muito tempo que os envelopes ocupam outra utilidade na minha vida que não apenas ser um monte de papéis perdidos na bolsa ou na entrada de casa. Todos os pedacinhos em branco num envelope são ocupados com o que me sai da cabeça. Letras, poemas, rimas, simples frases que vou sentindo fazer sentido. Os envelopes são a tela em branco para as minhas criações. Além de dar uma segunda vida ao papel – que muito provavelmente iria parar ao caixote do lixo – dou também um novo significado a cartas que, normalmente, são dores de cabeça ou chatices. Uma conta da água ou uma multa são, para mim, um momento de recomeço e de criação de algo novo. Não sei dizer quando ou como é que este hábito começou, mas, quando dei por mim, estava até a pedir faturas em papel de propósito para receber mais envelopes. E é aqui que posso encontrar o que será a minha próxima canção: neste objeto que, para muitos, será apenas lixo.”
Cantora, compositora, produtora e atriz
47 anos
