O meu objeto: o skate de Stereossauro

Stereossauro (Tiago Norte) acaba de lançar o álbum “Tristana”, uma homenagem à mulher, uma perspetiva feminina, uma viagem pelo fado, pela guitarra portuguesa, pela eletrónica

O objeto escolhido pelo músico, compositor, produtor e DJ Stereossauro.

“Um skate antigo que ainda guardo e que, apesar de já não praticar, é uma influência muito grande no meu trabalho e no resto da minha vida. Tem características que me atraem e que, de certa forma, me definem. Aquela coisa do cair e levantar, do voltar a cair e levantar, é inevitável no skate. É fortalecer o caráter. Não há um manual de instruções, não há um livro de regras, não há uma maneira de praticar skate, não aparece nos tratados de desporto. Anda ali no meio-termo entre desporto e atividade lúdica.

É um skate que resulta de peças daqui e de acolá, já nada tem do que tinha de origem. É meu e do meu irmão, não sei se era eu que o emprestava a ele, se era ele que mo emprestava. Era tudo uns dos outros.

Andava o dia todo debaixo do braço ou de pé. Representa também o estilo de roupa que se usava, a música que se ouvia, o hip-hop, o punk. O skate acabou por moldar o resto.”

Músico, compositor, produtor, DJ
44 anos