O objeto escolhido pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Correia.
“Em tenra idade, a bola de futebol começou a marcar o curso da minha vida. Nessa época jogava-se no recreio da escola, no paralelo da rua e no piso irregular dos pequenos pinhais. Jogava escondido da apertada vigilância dos meus pais. Ainda sofria de bronquite. Tinha abandonado anos antes as botas ortopédicas e usava óculos por conta de astigmatismo e miopia. Mas, a ‘febre da bola’, como dizia a minha querida avó, falava mais alto.
Para ter lugar nas equipas improvisadas tinha de se reunir, pelo menos, um de três requisitos: mínimo de talento, ir à baliza ou ser o dono da bola. Lá fui tendo lugar nas equipas que diariamente se formavam, o que ficou mais garantido quando o meu tio me ofereceu uma bola oficial! Aos dez anos decidi tentar a sorte no clube da minha terra. Fui um dos escolhidos. Fiquei radiante. Contudo, tinha um problema. Os meus pais, ainda convencidos que sofria de bronquite, não sabiam. Peguei na ficha de inscrição e lá tive de contar. Autorizaram-me. Aprendi a jogar em equipa e a ter compromisso. Joguei até aos 19 anos. Mais tarde dirigente e, em 2012, presidente. Devo ao Desporto parte dos princípios e valores que norteiam a minha vida, muitos dos amigos e das alegrias mais marcantes.”
Secretário de Estado da Juventude e do Desporto
46 anos
