As invasões ao Palácio do Planalto, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso, em Brasília, são uma mancha negra na história do país. Um golpe duro e cruel à democracia. As acusações sucedem-se.
Crime e vergonha
Uma semana depois de Lula da Silva ter tomado posse, apoiantes do ex-presidente Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes (legislativo, executivo e judicial) do Brasil. Milhares, vestidos com as cores da bandeira nacional, entraram nos edifícios, partiram vidros, destruíram gabinetes e equipamentos de trabalho, roubaram armas e munições, pilharam obras de arte, desfizeram documentos. O dia 8 de janeiro de 2023 ficará na história como um atentado aos poderes democráticos. Um ato de terrorismo, diz o Governo brasileiro.
Organizadores e financiadores. Quem são?
Lula da Silva apontou o dedo ao ex-presidente. Bolsonaro reagiu seis horas depois, a partir dos Estados Unidos. Nas redes sociais, escreveu que as “manifestações pacíficas fazem parte da democracia” e admitiu que o que aconteceu “foge à regra”. E continua a rejeitar responsabilidades. Lula da Silva quer punir todos os envolvidos, chegar aos bastidores do golpe, aos estrategas, aos organizadores, aos financiadores.
“Os fascistas fanáticos fizeram o que nunca foi feito na história deste país”
Lula da Silva
Presidente do Brasil
40
autocarros apreendidos e cerca de 1500 detidos em sequência das invasões. O governador federal, responsável pela segurança da cidade de Brasília, foi imediatamente afastado do cargo por 90 dias. A atuação das autoridades policiais está a ser colocada em causa. Lula da Silva falou em “incompetência, má vontade e má-fé”.
O 6 de janeiro dos EUA
A comparação é inevitável. A 6 de janeiro de 2021, apoiantes de Trump invadiram o Capitólio para impedir a confirmação da vitória de Biden. Cinco pessoas morreram, centenas ficaram feridas, e as imagens do ataque e da destruição sujaram para sempre a história dos Estados Unidos. Dois anos depois, o Brasil é atacado de forma semelhante, ferido na sua democracia.
