
Soluções inovadoras, criadas pela mãe e educadora de infância Filipa Cortez para simplificar o dia a dia das famílias, deram origem à marca Minô.
A ideia dá pelo nome de Minô e foi embalada com o desvelo. O mesmo com que uma mãe vigia o sono de uma filha, ou uma educadora cuida das crianças que tem a cargo. E Filipa Cortez era ambas, na altura em que começou a desenvolver soluções para que a sua Maria Leonor e os petizes da creche onde trabalhava, em Lisboa, dormissem melhor.
Filipa Cortez, que entretanto se mudou para Évora e passou a dedicar-se a 100% ao projeto, recorda-se bem da hora da sesta na altura em que trabalhava como educadora de infância: as crianças que se destapavam, os resguardos que saíam do lugar e não impediam os lençóis de ficarem sujos, os sacos-camas que não davam para fixar às camas.
Foi este rol de situações que a fez criar soluções e procurar uma costureira para ensaiar os primeiros protótipos de produtos que permitissem simplificar a hora de dormir, “melhorando a qualidade do sono e a logística”. Assim surgiram os primeiros sacos-cama que dão para fixar à cama e os lençóis envelope, produtos que tiveram grande procura e impulsionaram o projeto.

Mas seguiram-se outros e hoje a marca tem também sacos de dormir com pés, sacos impermeáveis para colocar a roupa suja dos bebés e fatos de banho molhados, pijamas, roupa para cama e almofadas para crianças, entre outros, que por serem “práticos e úteis” ajudam a proporcionar um sono tranquilo e tornar o dia a dia das famílias mais simples.
Recentemente Filipa Cortez também lançou um livro e, atualmente, está a aperfeiçoar uma mochila que pretende tornar as saídas em família mais fáceis.
A marca, lançada em 2018, foi batizada de Minô, o diminutivo da filha mais velha, Maria Leonor, hoje com nove anos. Cresceu ao ponto de hoje a empresária ter um ateliê em Évora com três costureiras fixas, só encomendando a confeção de produtos a unidades fabris em situações excecionais.

O dormir é muito importante, realça a terapeuta do sono Ana Afonso Ferreira. A sua privação na infância acarreta “problemas de desenvolvimento da criança a vários níveis, cansaço, falta de atenção, fraco rendimento escolar”.
Daí que “tudo o que afeta o sono deva ser cuidado, nomeadamente o ambiente”, explica Ana Afonso Ferreira, sublinhando que o sono das crianças tem impacto no dos restantes membros da família.