As saias voltam a usar-se muito curtas e nos mais variados materiais. Bem coordenadas, vestem ocasiões descontraídas ou combinam com momentos mais formais.
Cerca de 70 anos após ter entrado no guarda-roupa feminino, marcando a emancipação da mulher em tempos idos, a minissaia volta à moda para se impor numa época em que se trabalha em prol da igualdade de géneros. As semanas da moda anteciparam a tendência destacada agora nas montras, espelhando o estilo que também desfila nas ruas.
“Estamos numa época em que se usa tudo muito míni e até micro, desde as saias aos tops”, aponta o editor de moda Diogo Raposo Pires, explicando que “tem a ver com o culto do corpo, aceitando-se como se é”. “Atualmente, trabalhamos para ter um corpo saudável e não um corpo perfeito e as medidas que eram muito importantes há uns anos já não existem”, acrescenta. Assim, não indica uma idade apropriada para usar minissaias. Para o produtor e stylist, “tudo depende da mulher e da forma como se usa” e dá o exemplo: “Por vezes, basta usar com uns collants pretos e botas para ficar logo mais elegante”.
A consultora de imagem Raquel Guimarães chama a atenção para o facto de a minissaia ser “uma peça que imprime algum destaque à anca”. Dessa forma, “para as mulheres que têm um tipo de corpo mais retangular e apreciam dar volume a esta área”, recomenda que apostem em “padrões florais ou geométricos com um tamanho expressivo e com alto contraste, cores claras, vibrantes e com brilho, saias plissadas ou bolsos”. Já para quem pretenda o efeito contrário, a especialista aconselha “tons mais escuros, mate, tecidos fluidos e sem detalhes”.
Os tamanhos micro veem-se muito e, como destaca Diogo Raposo Pires, “combinados com peças e casacos oversize, que só deixem ver uma pontinha da saia”. De resto, há sugestões para todos os gostos, estruturadas ou mais simples, com ou sem plaques, nos mais variados materiais, sem esquecer a ganga, que está igualmente em alta na estação que agora marca a moda.
