Cadernos inteligentes, lápis mágicos infinitos, canetas de todas as cores que dá para apagar, mochilas resistentes, produtos ecológicos. Está na hora de comprar o material escolar. E não faltam novidades.
O som da campainha para a primeira aula está prestes a soar e há um ritual sagrado nesta altura do ano: a compra do material escolar. Entre as novidades, há uma tendência clara, a sustentabilidade, com as marcas a apostarem cada vez mais em materiais reciclados e recicláveis. Mais, até as próprias lojas estão a investir. O Continente, por exemplo, em parceria com a marca Oxford, lançou a campanha “Cadernão”, que visa incentivar a reciclagem. Todas as lojas do país estão a aceitar cadernos e papel usados, e por cada tonelada recolhida vão ser plantadas 20 árvores. Já a Staples lançou o “Canetão”, um recipiente para recolha e reciclagem de canetas, esferográficas, marcadores, tubos de cola.
Vamos, então, às novidades. Os cadernos inteligentes (ou cadernos que nunca acabam) não são novos, mas a procura tem vindo a disparar e o sucesso é tal que este ano estão por todo o lado. “Permitem personalizar com separadores, folhas de várias cores, adicionar ou retirar folhas, mudá-las de sítio, é quase como se fosse um dossiê mas é um caderno. E depois de usado dá para comprar mais recargas”, especifica Ana Salgueiro, responsável pela área de material escolar da Fnac. Uma ideia subscrita por Sandra Loureiro, diretora de marketing da Staples Portugal (a Staples tem a marca registada ARC Caderno Inteligente), que diz que estes cadernos “contam com uma variedade de acessórios, post-its, bolsas” e que até as capas são personalizáveis. Aliás, segundo o Continente, que reforçou esta oferta na marca própria Note!, o produto é tão versátil que “é possível trocar a capa e os discos da lombada”. É um mundo infinito de organização à medida de cada aluno.
Outra tendência deste ano são os lápis de carvão mágicos ou infinitos, de marcas como a Legami. Não é preciso afiar e algumas marcas garantem que duram o equivalente a cem lápis de carvão tradicionais. “Não só é mais ecológico, como evita termos de andar a comprar dezenas de lápis durante o ano, é uma poupança significativa. E também já estão a aparecer lápis de cor com estas características, da Maped por exemplo”, refere Ana Salgueiro, da Fnac. Além destes lápis, também há muita procura pelas canetas que permitem apagar sem deixar vestígios – e que já existem em todas as cores, nomeadamente da Mr. Wonderful. Ou pelas canetas Posca, fenómeno que tem vindo a crescer, porque permitem escrever em múltiplas superfícies e não dá para apagar, o que é útil para personalizar capas de cadernos, estojos ou mochilas.
Falando em mochilas, o foco das marcas não está só no uso de materiais sustentáveis (a Firmo tem apostado muito nisso), mas sobretudo no conforto e na durabilidade, “um critério que continua muito presente na escolha das famílias”, segundo Sandra Loureiro, da Staples. Os trolleys para os mais novos têm bases reforçadas, as mochilas para os mais velhos estão cada vez mais ergonómicas e resistentes – até para evitar investimentos a cada novo ano. De marcas como a Totto, a Kanken ou a Eastpak. E os padrões? Não há uma tendência rainha, mas sabe-se que padrões floridos e cores pastel estão em altas, o glitter também. E, claro, os clássicos motivos da Marvel, Lego, Naruto, Stranger Things, Panda e os Caricas a atravessar mochilas, estojos, lancheiras, cadernos para os verdadeiros fãs. Há uma certeza: o material escolar é cada vez mais para personalizar, reutilizar e durar uma eternidade.
