
Soutiens ou cuecas, o objetivo não é apenas “esconder” a lingerie por debaixo da roupa. É também oferecer conforto a quem a usa. E há cada vez mais adeptos.
“A maioria do público feminino não gosta que a lingerie se note por baixo da roupa, tanto na parte de cima, como na parte de baixo”, afirma a consultora de bra fitting da Dama de Copas, Mariana Paulos. Conclusão: “A roupa íntima sem costuras tem mudado o jogo da indústria”, refere Katharina Mayer, global head of product design da marca Sloggi.
Vamos à explicação. A variedade de cortes, aliada à variedade de cores, em que sobressaem os tons nude, “permitem que estas peças sejam conjugadas com qualquer tipo de roupa, garantindo sempre o mesmo resultado: invisibilidade”, aponta Mariana Paulos. “Conforto e liberdade de movimentos”, bem como “leveza, flexibilidade e ausência de costuras, tornam a roupa íntima discreta, mesmo sob roupas apertadas”, refere Katharina Mayer, acautelando que não lhes basta serem “invisíveis” (o que significa serem cortadas a laser ou terem costuras coladas e não cosidas).
Com a saturação do mercado, as marcas esforçam-se por oferecer mais-valias. Produtos atraentes à vista, mas confortáveis. “Sejam linhas invisíveis ou tecidos sustentáveis, novas tecnologias ou elementos de design autênticos”, diz a representante da Sloggi.
Um dos motivos que tornou a lingerie “sem costuras” tendência é o material em que, por norma, é produzida, o elastano, uma fibra sintética de elevada elasticidade. O que ajuda a que estas peças sejam muito confortáveis, por não apertarem, fazendo quem as usa esquecer que as tem vestidas.
E não faltam modelos. No caso dos soutiens, cai cai, mais desportivos ou mais refinados, com renda, por exemplo. O mesmo se aplica às cuecas: estilo bíquini, cinta subida, tanga, etc. As cores mais procuradas em ambas as partes são preto, branco, nude e cinza.
E para que essas peças íntimas tenham um maior tempo de duração, é fundamental seguir certos cuidados. “Lavá-las, preferencialmente à mão, com água fria e com um detergente adequado, neutro e sem amaciador.” Além disso, recomenda a profissional, não é aconselhável usar os soutiens mais de dois dias seguidos, para não forçar os elásticos.
Os conselhos servem para todo o ano. No entanto, no verão, quando, por norma, usamos roupa mais curta e decotada, estas peças são ainda mais procuradas. Por serem leves, frescas e “invisíveis”. Tanto as de cima, como as de baixo.



