Greve paralisa carruagens da CP

5,1% é o aumento salarial proposto pelo Governo para empresas do setor público empresarial

Impasse nas negociações salariais motivou semana de “fortes perturbações”. E os protestos não deverão ficar por aqui. Iniciativa Liberal pede que valor do passe deste mês seja restituído.

76%
A percentagem de comboios suprimidos na última segunda-feira, 27 de fevereiro, primeiro dia de greve na CP. O tribunal arbitral definiu serviços mínimos de 25%.

O porquê da greve
O ponto-chave do protesto é o impasse nas negociações salariais com as administrações da CP e da Infraestruturas de Portugal. Os sindicatos exigem que os trabalhadores sejam aumentados à escala da inflação, mas também a retoma da negociação coletiva, a “não discriminação de trabalhadores” e a contratação de pessoal. A atual vaga de greves na CP começou em maio do ano passado e intensificou-se a partir do final do ano.

“Vamos avançar com uma iniciativa legislativa […] para que, pelo menos, quando as pessoas não beneficiam do serviço, o valor que investem no passe mensal lhes possa ser devolvido”
Rui Rocha
Presidente da Iniciativa Liberal

5,1%
O aumento salarial proposto pelo Governo para empresas do setor público empresarial. Só que as subidas nos vencimentos são feitas “salvaguardando a eficiência operacional, a sua sustentabilidade económica e orçamental [das empresas em causa] e respetivos rácios financeiros”. Além disso, o valor não representa apenas a parte do aumento do vencimento. Tem em conta também atualizações salariais, progressões, promoções e subsídio de refeição, entre outros, excluindo “eventuais impactos financeiros que decorram da variação do número de trabalhadores”.

Nova paragem na calha
Ainda a mais recente paralisação ia no primeiro dia quando a CP recebeu novo pré-aviso de greve por parte do sindicato dos maquinistas (SMAQ), para o período compreendido entre 10 e 17 de março. A empresa espera “fortes impactos” no dia 10 e “ligeiras perturbações” nos seguintes.