Body sugaring. Doce depilação

O açúcar reduz o pelo e ajuda a melhorar patologias como eczemas ou psoríase

Body sugaring é uma técnica recente em Portugal, que promete benefícios para a pele. Pasta de açúcar que remove os pelos sem dor e calor, de forma natural e com resultados duradouros.

Num Mundo cada vez mais tecnológico, em que a inteligência artificial ganha terreno, há cuidados que renascem com base em métodos naturais criados e usados pelos nossos antepassados, à medida das necessidades atuais. É o caso do body sugaring, com origem na antiga arte de epilação facial e corporal usada durante séculos, que remove os pelos não desejados pela raiz, ou melhor pelo bulbo piloso, deixando a pele livre dos mesmos, durante muito tempo.

A famosa pasta feita de açúcar, limão, água e acácia, inicialmente chegou a Portugal como “venda direta a profissional, sem técnica associada”. “Não havia nenhuma informação, nenhum conhecimento e ela até era vendida como uma cera de açúcar, quando é uma pasta de açúcar”, recorda Catarina Araújo, que representa no nosso país a famosa marca Sugaring, lançada em 1991 por Lina Kennedy. Para melhor se preparar, a profissional de estética atravessou o Atlântico para tirar uma formação nos Estados Unidos.

A pandemia acabou por impulsionar a técnica, muito à custa do TikTok, embora a aplicação exija mais do que se possa fazer em casa, em prol de melhores resultados. Catarina defende que o método reúne “todas as vantagens, pois aquilo que se faz tão naturalmente acaba por ser equivalente a uma técnica de laser”.

Catarina Araújo

O açúcar reduz o pelo e ajuda a melhorar patologias como eczemas ou psoríase, por ser “um regenerante e um hidratante, além de esfoliante”. O facto de ser “mais suave na aplicação e não ser quente” contribui para os benefícios.

A pasta de açúcar é manuseada tépida para melhor ser aplicada na pele. Remove-se “no sentido do crescimento do pelo”, o que ajuda a prevenir pelos encravados e foliculites. Faz-se “de mês a mês, como o laser”, aponta Catarina Araújo, acrescentando que inicialmente deva ser “menos espaçado, de 15 em 15 dias, para irmos buscar a ciclo do pelo na fase anágena, para conseguir ter a vantagem de retardar o crescimento e até a eliminação do pelo”. Ao contrário da técnica laser, não impede que se vá à praia logo a seguir, pois, como garante a antiga professora, “a pele não fica agredida”.